Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Fachin revoga prisão preventiva de empresário turco acusado de terrorismo

Ministro do STF terá de decidir sobre pedido de extradição apresentado pela Turquia, que responsabiliza o movimento Gülen por tentativa de golpe em 2016

Por Denise Chrispim Marin 7 Maio 2019, 19h22

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta terça-feira, 7, a prisão preventiva do comerciante turco Ali Sipahi, naturalizado brasileiro e residente há 12 anos no país. Sipahi é alvo de um pedido de extradição do governo de Recep Erdogan, que considera a organização Hizmet, da qual o comerciante é membro, como um grupo terrorista.

O advogado de Sipahi, Theo Dias, afirmou a VEJA ainda não ter recebido o despacho com a decisão de Facchin, que poderão trazer condições para a liberação de seu cliente. Preso desde o último dia 5 na Polícia Federa (PF), em São Paulo, Sipahi deverá ser libertado assim que chegue a comunicação do STF para a PF. “Estamos no aguardo dos despachos”, afirmou Dias.

A decisão de Facchin sobre a extradição ou não do empresário turco não tem prazo definido.

Ali Sipahi, de 31 anos de idade, está estabelecido desde 2007 em São Paulo (SP), onde é dono de um restaurante. Tem um filho nascido no Brasil e, há três anos, naturalizou-se brasileiro. Como empresário, presidiu a Câmara de Comércio e Indústria Turco-Brasileira (CCITB). Foi surpreendido pela ordem de prisão da  Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) quando retornava, com sua família, de viagem de férias aos Estados Unidos.

Polêmico, esse caso de extradição está embasado na qualificação do Hizmet ou movimento Gülen  como organização terrorista pelo governo de Erdogan, que o aponta como responsável pela tentativa fracassada de golpe de Estado em em julho de 2016. Sipahi jamais escondeu fazer parte desse grupo. Mas nem mesmo os Estados Unidos e outros países ocidentais aceita os argumentos de Erdogan contra o Hizmet. 

Continua após a publicidade

Criado pelo clérigo muçulmano Fethullah Gülen, que vive exilado nos Estados Unidos e que condenou o golpe de Estado de 2016, o Hizmet se define como movimento social, educacional e cultural inspirado na tradição humanista do Islamismo.

Desde 2016, porém, seus membros têm sido duramente perseguidos pelo governo de Erdogan dentro e fora da Turquia. Um pedido formal de extradição de Gülen foi enviado por Ancara aos Estados Unidos em agosto de 2016, um mês depois da tentativa de golpe contra Erdogan. Washington jamais tocou no clérigo, em clara desconsideração do argumento de que o movimento Hizmet tem motivação terrorista.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.