Roma, 24 jan (EFE).- A extração das 2,38 mil toneladas de combustível do navio Costa Concordia pode começar no próximo sábado, duas semanas depois do naufrágio em frente à ilha italiana de Giglio.
O responsável da Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, explicou que caso as inspeções iniciadas nesta terça-feira pela companhia holandesa Smit Salvage, que se encarregará da extração, prossigam no mesmo ritmo, no sábado o combustível começará a ser bombeado.
Os mergulhadores da companhia realizaram nesta terça-feira uma primeira inspeção, descendo cerca de 20 metros para estudar as condições do casco antes de começar a isolar o primeiro dos 17 tanques dos quais o combustível será extraído.
Gabrielli explicou que os mergulhadores trabalharão só de dia, enquanto a extração do combustível será realizada sem pausa se as condições do mar permitirem, mas não deu detalhes sobre quanto tempo durarão.
A extração será realizada mediante uma perfuração no casco e o combustível começará a ser bombeado em direção a cisternas externas, enquanto através de uma segunda abertura o tanque receberá água do mar para evitar que o esvaziamento provoque movimentos no navio.
Enquanto isso, como já foi anunciado anteriormente, Gabrielli confirmou que, apesar das operações de extração, a busca pelos desaparecidos seguirá.
O responsável da Defesa Civil cifrou nesta terça-feira em 23 o número de pessoas que seguem desaparecidas, enquanto dos 15 corpos recuperados, seis, três mulheres e três homens, continuam sem identificação.
Sobre a mancha que na segunda foi vista em frente à costa da ilha, uma localidade de grande interesse turístico e que faz parte de um dos parques naturais mais importantes do Mediterrâneo, Gabrielli explicou que se trata de hidrocarboneto e que sua procedência está sendo analisada.
Trata-se de uma mancha de 300 metros por cerca de 200 que surgiu no dia do naufrágio ou nos dias seguintes e que se alojou no fundo do mar, mas que agora emergiu por conta das correntes.
Além da emergência por possíveis vazamentos de combustível, outro dos problemas que podem ocorrer é o lançamento de uma grande quantidade de lixo e objetos procedentes do Costa Concordia no mar, que pode afetar tanto o fundo do oceano como a costa.
Gabrielli explicou que enviou uma carta à companhia Costa Cruzeiros solicitando um plano para a coleta dos resíduos o mais rápido possível. EFE