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Exército pede fim de greves no Egito

Trabalhadores de diversos setores aproveitaram a derrubada do ex-ditador Hosni Mubarak para pedir melhores salários

Por Da Redação
14 fev 2011, 13h54

O Exército do Egito pediu nesta segunda-feira que os trabalhadores desempenhem seu papel para reativar a economia e fez críticas às greves. Funcionários de diversos setores aproveitaram a derrubada do ex-ditador Hosni Mubarak para pedir melhores salários.

No “Comunicado número 5” divulgado pela televisão estatal, um porta-voz do Exército disse: “Egípcios nobres percebem que essas greves, neste momento delicado, terão resultados negativos”. O texto diz ainda que as manifestações têm prejudicado a segurança e a produção econômica.

Trabalhadores dos setores bancário, de transportes, petróleo, turismo, têxteis, mídia estatal e funcionários públicos estão parados, exigindo melhores salários e condições de trabalho. No comunicado, o Exército pede a “todos os cidadãos e sindicatos profissionais e de trabalhadores que desempenhem seu papel integralmente”.

Mudanças – Um grupo de egípcios que milita na internet e liderou as manifestações contra o ex-presidente informou nesta segunda-feira que se reuniu com os comandantes do Exército para discutir reformas democráticas no país. No encontro, os militares afirmaram que o referendo constitucional anunciado previamente acontecerá dentro de dois meses e que uma comissão concluirá o estudo das emendas nos próximos 10 dias.

“Nós nos reunimos com o Exército para compreender seu ponto de vista e apresentar o nosso”, afirmou Wael Ghonim, um jovem analista de computação que se tornou um dos líderes da revolta popular, e o blogueiro Amr Salam, em um comunicado que tem como título Encontro com o Conselho Supremo das Forças Armadas, publicado no site de um dos manifestantes. “Os militares se comprometeram a julgar todos os acusados de corrupção, independentemente de seus cargos atuais ou anteriores, e a encontrar todos os desaparecidos durante a revolta.”

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Doença -Mubarak pode estar em más condições de saúde, afirmou nesta segunda-feira o embaixador egípcio nos Estados Unidos, Sameh Shoukry. Falando à rede NBC, em Washington, Shoukry fez os primeiros comentários de um funcionário egípcio sobre o estado de saúde de Mubarak, que deixou o poder na última sexta-feira, pressionado por protestos populares.

Shoukry foi questionado sobre reportagens segundo as quais Mubarak teria sofrido um derrame ou pudesse estar em coma. “Estou acompanhando os rumores e reportagens relacionadas à sua saúde, e posso ter recebido alguma comunicação pessoal indicando que ele está possivelmente de alguma forma com má saúde”, disse. “Eu realmente não tenho informação suficiente, então não quero especular”, ponderou em seguida. Mubarak, de 82 anos, estava no poder havia três décadas e após a renúncia foi para cidade turística de Sharm el-Sheikh, no Egito, onde permanece.

As especulações sobre a saúde de Mubarak acontecem há anos no país. Seu estado de saúde era tratado como segredo de estado. Jornalistas já foram presos por tratar do tema. Em março passado, a mídia estatal anunciou que ele passaria por uma cirurgia na Alemanha. Ele ficou três meses fora do país, internado no Hospital da Universidade Heidelberg, em Baden-Baden. Mubarak fez uma cirurgia para retirar sua vesícula biliar e tratar de um crescimento anormal do intestino delgado. Ele também operou uma hérnia de disco em 2004 e havia tido um pequeno problema de saúde durante um discurso televisionado um ano antes, em 2003.

(Com agências Reuters e Estado)

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