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Exército de Israel admite erro em ataque a comboio

Por Da Redação
1 jun 2010, 17h00

O chefe das Forças Armadas de Israel, tenente-general Gabi Ashkenazi, e o comandante do grupo que abordou um comboio de ajuda humanitária a Gaza reconheceram nesta terça-feira erros na operação militar. O ataque, ocorrido na madrugada de segunda-feira, deixou nove ativistas mortos.

“Está claro que o equipamento para dispersão de multidão que as tropas usavam era insuficiente,” disse Gabi Ashkenazi a jornalistas. Alguns dos soldados portavam armas de paintball, não letais, destinadas a ferir, a revidar e a marcar os suspeitos para prisão posterior, mas elas não funcionaram contra os ativistas, que tinham coletes salva-vidas e máscaras de gás.

Os fuzileiros navais envolvidos no ataque apontaram para uma falha na inteligência. “Não esperávamos tal resistência dos ativistas do grupo, pois se tratava de um grupo de ajuda humanitária,” disse o comandante do grupo que abordou a embarcação, um tenente não identificado, à rádio do Exército. “O resultado foi diferente do que havíamos pensado, mas devo dizer que isso ocorreu principalmente por causa do comportamento inapropriado do adversário que encontramos”, justificou.

Jason Alderwick, especialista do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos de Londres, culpou os fuzileiros navais por não tomarem a embarcação de forma eficiente. “O sucesso começa com planejamento e inteligência apropriada, e eles já haviam entrado em barcos daquele tipo antes. Desta vez, eles não entraram com a força suficiente, rápido o bastante e em número suficiente para estabelecer o controle total”, disse.

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Israel informou que alguns soldados optaram por fugir pulando no mar. Sete fuzileiros navais foram feridos, um deles jogado contra uma grade e outros dois baleados. A quarentena imposta pela polícia de Israel aos ativistas do barco Mavi Marmara impede a divulgação de seus testemunhos, mas um vídeo gravado por um dos passageiros da embarcação invadida mostrou dois fuzileiros navais sendo agredidos com um porrete e esfaqueados. Os militares israelenses também divulgaram o registro da luta entre meia dúzia de soldados contra cerca de 30 ativistas.

Ataque – Na segunda-feira, militares israelenses abordaram uma frota de seis navios do movimento Gaza Livre que tentava furar o bloqueio para levar ajuda ao território palestino. A ação gerou reações e condenações da comunidade internacional. O governo de Israel havia dito durante a semana que não permitiria a entrada de quaisquer embarcações em águas da costa da Faixa de Gaza. Os israelenses, que permitem a entrada de ajuda humanitária a Gaza por fronteiras terrestres controladas, disse que a frota poderia desembarcar no porto de Ashdod. O Estado judeu mantém o bloqueio à Faixa de Gaza desde que o grupo militante palestino Hamas tomou o controle do território em 2007.

(Com Reuters)

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