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‘Excluir Lula das eleições seria calamidade’, diz artigo no NYT

Texto do economista Mark Weisbrot faz eco às críticas petistas ao Judiciário e aponta suposta parcialidade dos juízes envolvidos no caso

Por Da redação
24 jan 2018, 15h02

A votação do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, também tem sido destaque nos jornais internacionais. No jornal americano New York Times, um artigo publicado na terça-feira frisou as possíveis consequências eleitorais de uma nova condenação do ex-presidente e afirmou que a exclusão do petista da disputa pela Presidência seria uma “calamidade”.

Assinado pelo economista Mark Weisbrot, o artigo “Brazil’s Democracy Pushed Into the Abyss” (Democracia brasileira empurrada para o abismo, em tradução livre) faz eco às críticas petistas ao Judiciário e ataca uma suposta parcialidade dos juízes envolvidos no caso, além de citar “provas escassas” contra o ex-presidente.

“Não há muita pretensão de que o tribunal seja imparcial. O presidente do tribunal [TRF4] já elogiou a decisão do juiz [responsável pelo] julgamento e condenação do senhor da Silva por corrupção como ‘tecnicamente irrepreensível’, e sua a chefe de gabinete já postou em sua página no Facebook uma petição pedindo a prisão do senhor Silva”, afirma o artigo, citando o caso da chefe de gabinete da presidência do tribunal, Daniela Tagliari Kreling Lau, que pediu a condenação do ex-presidente em seu perfil na rede social.

O texto também diz que o juiz Sergio Moro demonstrou sua “parcialidade” em diversas ocasiões, citando os episódios em que o juiz divulgou conversas telefônicas entre Lula, Dilma Rousseff, seu advogado, sua esposa e seus filhos; e também o dia em que o ex-presidente foi levado coercivamente para prestar esclarecimentos, chamando o ocorrido de “espetáculo para a imprensa”.

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Weisbrot ainda acrescenta que as evidências contra o ex-presidente estão abaixo do padrão para serem consideradas sérias em outros países, como os Estados Unidos, o que ele considerou um sério golpe ao Estado de Direito brasileiro — o artigo de Mark Weisbrot cita o impeachment de Dilma Rousseff como outro “golpe” sofrido pelo país.

Ele finaliza o artigo afirmando que se Lula não participar da corrida eleitoral deste ano, o resultado pode ter “pouca legitimidade”, já que o pré-candidato é um dos favoritos para ganhar o pleito. “O Brasil se reconstituirá como uma forma de democracia eleitoral muito mais limitada, em que um judiciário politizado pode excluir um líder político popular de se candidatar a cargos. Isso seria uma calamidade para os brasileiros, a região e o mundo”, completa.

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