Excesso de carga contribuiu para naufrágio na Coreia
Segundo rede americana CNN, promotoria também apontou que material não era transportado de forma adequada. Acidente deixou mais de 200 pessoas mortas
Por Da Redação
6 Maio 2014, 16h57
O excesso de carga e seu armazenamento de forma inadequada contribuíram para o naufrágio da balsaSewol em 16 de abril, na Coreia do Sul. A tragédia deixou ao menos 268 mortos, a maioria estudantes que participavam de uma excursão de férias. Segundo a rede americana CNN, que citou fontes policiais e da promotoria, a embarcação levava mais que o dobro de carga permitido. Além disso, “os dispositivos de amarração que deveriam ter segurado a carga estavam frouxos e parte da tripulação nem sabia como usá-los”, apontou o promotor Yang Joong-jin.
O Sewol deixou o porto de Incheon para uma viagem de catorze horas até a ilha turística de Jeju. O excesso foi verificado apenas nos porões da embarcação, uma vez que a capacidade para passageiros era de 900 pessoas, mas a balsa levava 475 no dia do naufrágio. Durante o café da manhã, os passageiros sentiram um baque e o navio começou a tombar rapidamente.
Não foi a primeira vez que o limite de carga foi ignorado: em outras 139 ocasiões desde que começou a operar a rota Incheon-Jeju, em março do ano passado, a balsa viajou em excesso de peso. A prática irregular permitiu que empresa lucrasse 2,9 milhões de dólares extras (cerca de 6,4 milhões de reais). Quatro funcionários da empresa proprietária da embarcação, a Cheonghaejin Marine Co., foram indiciados nas últimas duas semanas. Não foram divulgadas informações sobre a natureza das acusações.
O capitão Lee Joon-Seok, um dos primeiros a abandonar o navio, deixando os passageiros para trás, foi detido, assim como vários membros da tripulação. O naufrágio também resultou na renúncia do primeiro-ministro Chung Hong-won, que abriu mão do cargo por se sentir culpado pela ineficiência do governo em conduzir a crise deflagrada pelo acidente.
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