Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ex-presidente Uribe desiste de renunciar ao Senado na Colômbia

Senador é investigado por suborno e fraude processual; opositores o acusam de tentar evitar processo na Suprema Corte

Por Da Redação
1 ago 2018, 19h14

Depois de anunciar que deixaria o Congresso por causa de uma investigação penal, o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe pediu ao Senado nesta quarta-feira (1º) que não vote sua renúncia.

Uribe, de 66 anos, é mentor do presidente eleito Iván Duque, que venceu a eleição de 17 de junho como candidato de seu partido de direita, Centro Democrático. O ex-presidente é investigado pela Suprema Corte por suborno e fraude processual.

Inimigos políticos acusaram Uribe de renunciar ao Senado para que seu caso pudesse ser investigado em instâncias comuns, e não na Suprema Corte, onde ele afirma ser tratado com preconceito.

“Pedi ao senador Ernesto Macías, presidente do Congresso, para retirar, sem considerá-la, minha carta de renúncia. Por motivos de honra, nunca passou pela minha cabeça que a Suprema Corte não ouvirá o caso para o qual estão me intimando a depor”, tuitou Uribe.

O conservador Uribe, fundador do partido Centro Democrático, prestou juramento para o segundo mandato como senador em 20 de julho, depois de receber a maior votação nas eleições legislativas de março.

A investigação que corre contra ele está relacionada a um processo que o próprio Uribe moveu em 2012 contra o senador Iván Cepeda, do partido de esquerda Polo Democrático Alternativo (PDA).

O ex-presidente acusou Cepeda de usar provas falsas e de tentar convencer ex-paramilitares presos a prestarem depoimentos que o incriminassem por atividades ilegais no departamento (estado) de Antioquia.

No dia 17 de fevereiro, porém, a Suprema Corte rejeitou a abertura de um inquérito contra Cepeda. Também pediu uma investigação sobre Uribe pela mesma acusação que ele havia feito: manipulação de testemunhas, mas para prejudicar Cepeda.

Continua após a publicidade

Se condenado, Uribe pode ir para a prisão.

Porém, ele continua sendo uma figura polarizadora na política colombiana. Seu partido tentou impedir a aprovação do acordo de paz com as Farc e coloca obstáculos às negociações do governo com os rebeldes da ELN, guerrilha de inspiração comunista e de caráter político.

Uribe e sua família vêm sendo acusados há tempos pela oposição de terem envolvimento com os paramilitares, mas as investigações anteriores renderam poucos frutos.

(Com Reuters e AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.