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Ex-presidente da Pemex tem prisão decretada no caso Odebrecht

Emilio Lozoya teria montado um esquema de corrupção com Alonso Ancira, dono de uma siderúrgica, que desviou 500 milhões de dólares

Por Da Redação
Atualizado em 29 Maio 2019, 16h45 - Publicado em 29 Maio 2019, 13h40

A Justiça do México decretou a prisão do ex-presidente da petrolífera estatal Pemex Emilio Lozoya por suposto esquema de corrupção que envolveria a empreiteira brasileira Odebrecht. Nesta quarta-feira, porém, suspendeu sua captura até o dia 4 de junho. Vinculado ao mesmo escândalo, o presidente da siderúrgica Altos Hornos de México (AHMSA), Alonso Ancira, foi efetivamente preso pela Interpol em Maiorca, na Espanha.

O esquema teria desviado 500 milhões de dólares. A investigação é a primeira de alto escalão instaurada pelo governo de esquerda de Andrés Manuel López Obrador, que tomou posse em dezembro passado com a promessa de acabar com a corrupção na segunda maior economia da América Latina, segundo a EBC.

O chefe da Unidade de Inteligência Financeira (UIF) da Secretaria da Fazenda, Santiago Nieto, disse ter apresentado três acusações à Procuradoria-Geral contra Emilio Lozoya, que está foragido. O escândalo envolve a operação de compra da empresa Agronitrogenados da AHMSA pela Pemex e também as transferências de dinheiro da siderúrgica para uma offshore da Odebrecht que, por sua vez, teria movimentado os recursos para contas de Lozoya e seus familiares.

Em seu relatório ao Ministério Público, a UIF informou que foram identificados nos sistemas financeiro nacional e internacional “múltiplas operações com recursos supostamente não procedentes de atividades lícitas, aos que se presumem ser derivados de atos de corrupção”.

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Alonso Ancira, da empresa Altos Hornos de México, chega ao tribunal em Palma de Maiorca: ‘vendeta’ de López Obrador – 29/05/2019 (STR/AFP)

Desde segunda-feira 27, as contas bancárias de Lozoya e Alonso Ancira estão bloqueadas, a pedido da Procuradoria-Geral mexicana.

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Lozoya comandara a Pemex entre 2012 e 2016. Nesta quarta-feira, seu advogado de defesa, Javier Coello, tramitou um recurso para saber a real motivação de sua detenção.

Na Espanha, seu parceiro Ancira acusou o presidente do México de orquestrar uma “vendetta” (vingança, em italiano). O Ministério Público mexicano, porém, constatara que Ancira estava envolvido em “uma série de delitos que motivaram um grave dano patrimonial” à Pemex.

Em comunicado, o gabinete do Ministério Público acrescentou que pode haver mais detenções, como resultado de mais de dois meses de diligências. Consultada, a Odebrecht não negou ter participado das ações investigadas pela  Unidade de Inteligência Financeira da Secretaria da Fazenda. Em sua nota à imprensa, a empresa “reitera seu compromisso de atuação ética, íntegra e transparente também no México”.  Também “reafirma sua total disposição em colaborar de forma eficaz com as autoridades do país, conforme já manifestado desde o início de 2017 e ratificado formalmente em fevereiro deste ano perante” a Procuradoria- Geral mexicana.

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