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Ex-presidente alemão vai a julgamento por corrupção de 700 euros

Christian Wulff teve conta de hotel paga por produtor de cinema em 2008 e foi acusado de devolver o favor fazendo lobby

Por Da Redação
14 nov 2013, 14h54

O ex-presidente alemão Christian Wulff começou a ser julgado nesta quinta-feira em Hannover por suspeita de aceitar favores financeiros de um produtor de cinema e, em troca, ter feito lobby indevido. É a primeira vez desde 1945 que um ex-chefe de estado alemão é obrigado a enfrentar um julgamento.

O episódio ocorreu, segundo o Ministério Público alemão, em 2008, antes dele se tornar presidente, quando ele era governador do estado da Baixa Saxônia (cargo que ocupou de 2003 a 2010). Na ocasião, Wulff aceitou que o produtor David Groenewold pagasse sua conta de um hotel durante uma visita à Oktoberfest de Munique. O total da fatura era de 700 euros (cerca de 2.184 reais).

A acusação sustenta que, em troca do pagamento, Wulff teria usado sua influência como governador para tentar convencer uma empresa a financiar um filme do produtor.

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Este é apenas um dos episódios controversos envolvendo o ex-presidente, uma antiga estrela do partido Democrata-Cristão que acabaria assumindo o cargo mais alto do país em julho de 2010, sob a bênção da colega de partido e chanceler Angela Merkel. Um ano após a sua posse, começaram a emergir as primeiras acusações contra Wulff.

Uma delas se referia a um empréstimo em condições especialmente camaradas que Wulff recebeu de um empresário para a compra de um imóvel à época em que ele era governador. O tabloide que descobriu a história procurou o presidente para comentar a história. Wulff então deixou uma série de mensagens ameaçadoras na caixa-postal do editor-chefe da publicação. O conteúdo acabou vazando e sua imagem acabou arranhada.

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Na Alemanha, a Presidência é um cargo praticamente cerimonial, com a maior parte do poder sendo delegado para o chanceler. Mas, pela tradição do país, o presidente acaba sendo uma espécie de autoridade moral, por isso o caso de Wulff acabou provocando indignação no país.

Em fevereiro de 2012, um promotor de Justiça pediu a suspensão da sua imunidade como chefe de estado e ele foi forçado a renunciar ao cargo.

A promotoria levou adiante a acusação referente à conta de hotel – a história do empréstimo camarada acabou sendo arquivada. Wulff chegou a receber uma proposta de acordo, que previa a admissão de culpa e uma multa de 20.000 euros.

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O ex-presidente rejeitou a oferta e disse preferir defender sua honra no julgamento. Nesta quinta-feira, ele chegou ao tribunal cercado por jornalistas. “Não é um dia fácil. Espero livrar-me da última acusação que resta porque sempre me comportei de maneira adequada”, afirmou.

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