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Ex-premier da Tailândia foge do país para evitar prisão

Yingluck Shinawatra foi julgada por negligência na adoção de um programa de subsídio de arroz.

Por Da redação
25 ago 2017, 09h54

A ex-primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, não compareceu nesta sexta-feira (25) ao tribunal do país para a leitora do veredito do processo que enfrenta por por negligência e corrupção. Yingluck, que corria o risco de enfrentar uma pena de até 10 anos de prisão, fugiu para o exterior, segundo uma fonte do seu partido que não quis revelar o nome.

Ela repetiu os atos irmão Thaksin, também ex-primeiro-ministro. Em 2008, ele partiu para o exílio depois de ter sido condenado a dois anos de prisão por corrupção, em um julgamento que ele também denunciou como político.

O atraso de Yingluck à leitura do veredicto nesta sexta-feira provocou surpresa entre os milhares de manifestantes e vários jornalistas que estavam na Corte Suprema.

“Sua advogada declarou que ela está doente e pediu o adiamento do veredicto, mas o tribunal não acredita que esteja enferma e decidiu emitir uma ordem de prisão”, declarou o juiz que preside o tribunal, Cheep Chulamon.

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Durante o processo que durou 18 meses, centenas de pessoas se reuniram diante do tribunal para oferecer flores a Yingluck, mas nesta sexta-feira o ambiente era mais sombrio.

As acusações contra a ex-chefe de Governo, derrubada por um golpe de Estado militar em maio de 2014, podem resultar em uma pena de até 10 anos de prisão e a perda dos direitos políticos por toda sua vida.

A ex-primeira-ministra foi julgada por negligência na adoção de um programa de subsídio de arroz. O programa contemplava a compra de arroz dos produtores nas zonas rurais, base eleitoral dos Shinawatra, a um preço superior ao de mercado. Mas Yingluck alega que esta foi uma ajuda necessária para os mais pobres, que historicamente recebem pouco apoio do governo.

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Os outros dois acusados receberam sentenças pesadas: 42 anos de prisão para o ex-ministro do Comércio Boonsong Teiyapirom e 36 para seu adjunto.

O processo

No início de agosto, Yingluck denunciou o processo como político. Ela acusou a Junta Militar, atualmente no comando do país, de querer limpar o cenário político da influência dos Shinawatra, família que venceu todas as eleições nacionais desde 2001.

Os simpatizantes de Yingluck denunciam uma perseguição a seus partidários, agricultores e pobres, pela elite da capital e pelos militares que tomaram o poder.

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O processo tem uma forte dimensão simbólica em um país profundamente dividido entre os partidários e os detratores da família Shinawatra, que usam camisas vermelhas ou camisas amarelas para uma distinção.

 

O exílio de Yingluck, assim como o de seu irmão Thaksin, marca o fim de mais de 10 anos de domínio político por parte da família Shinawatra.

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“É o fim dos Shinawatra e do partido Puea Thai na política. Com dois membros da família em fuga, a família perdeu sua legitimidade política”, disse a cientista política Puangthong Pawakapan.

A junta militar, que prometeu eleições em 2018, tem tudo para tirar proveito da deserção, ao invés de se ver obrigada a lidar com uma eventual transformação de Yingluck em um símbolo democrático caso ela fosse detida.

(Com AFP)

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