Ex-premiê israelense é condenado a seis anos de cadeia
Ehud Olmert foi considerado culpado por ter aceitado suborno quando era prefeito de Jerusalém
O ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, foi sentenciado nesta terça-feira a seis anos de prisão por ter aceitado suborno quando era prefeito de Jerusalém, reporta a CNN. Olmert também foi condenado a pagar uma multa de 1 milhão de shekels (cerca de 650.000 reais). Segundo o jornal Haaretz, o ex-premiê foi considerado culpado por ter recebido subornos em dois casos separados, um deles vinculado à construção em Jerusalém de um enorme complexo residencial chamado Holyland, quando era prefeito da cidade, entre 1993 e 2003. Em 2010, Olmert foi designado suspeito-chave no chamado caso Holyland, pois teria recebido subornos num valor aproximado de 1,5 milhão de shekels (970.000 reais), apesar de a promotoria ter reduzido mais tarde a cifra pela metade.
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O empreiteiro responsável por construir de Holyland, Hillel Cherney, foi condenado a três anos de cadeia por subornar Olmert e outros funcionários de alto nível em troca de pareceres favoráveis à sua obra. Avigdor Kelner, sócio de Cherney, foi condenado por duas acusações de corrupção e sentenciado a três anos de reclusão. Ambos também terão de pagar multas de 1,3 milhão de reais e 650.000 reais, respectivamente.
Olmert, um advogado que em 1973 tornou-se a pessoa mais jovem a ser eleito para o Parlamento de Israel, o Knesset, serviu como primeiro-ministro entre 2006 e 2009. Ele anunciou sua renúncia logo depois que a Justiça israelense aceitou as acusações de corrupção contra ele. Além de congressista, prefeito e primeiro-ministro, Olmert, de 68 anos, foi também ministro de várias pastas, incluindo Comunicações e Indústria.