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Ex-premiê israelense Ariel Sharon está em ‘estado crítico’

Sharon sofre deficiência em 'vários órgãos' vitais. Médico se recusou a fazer uma previsão sobre o tempo de vida do ex-primeiro-ministro

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 09h56 - Publicado em 2 jan 2014, 12h56

O ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, em coma há quase oito anos, está em “estado crítico”, segundo o diretor do hospital de Tel-Aviv. “Nos últimos dois dias, acompanhamos uma degradação de vários órgãos vitais de Ariel Sharon, que são fundamentais para sua vida”, declarou o diretor do hospital, Zeev Rotstein. “O estado é definido como crítico, o que significa que sua vida está em perigo”, completou Rotstein, que se negou a fazer uma previsão sobre o tempo de vida de Sharon, de 85 anos.

Esta é a primeira vez que o diretor do hospital, informando sobre a gravidade da condição do general Sharon, faz declarações à imprensa desde o anúncio na quarta-feira de um sério agravamento do estado de saúde de “Arik” (apelido de Ariel), vítima de um derrame cerebral em janeiro de 2006 e que nunca mais retomou a consciência.

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Na quarta-feira, a imprensa informou que Ariel Sharon sofria de “graves problemas renais” após uma intervenção cirúrgica. “Ele não passou por hemodiálise (purificação do sangue em caso de disfunção renal). Ele tem recebido o mesmo tratamento que recebe há anos”, declarou o diretor do hospital, respondendo aos boatos que circulam sobre a possibilidade de uma hemodiálise, única medida que poderia prolongar a vida de Sharon.

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“Se apenas um único órgão estivesse afetado seria diferente, mas Sharon sofre de problemas em vários órgãos”, relatou Rotstein. A morte do ex-premiê é uma questão de dias se o estado de saúde prosseguir em degradação, noticiou o jornal Haaretz, citando uma fonte médica próxima ao caso.

‘Sério risco de vida’ – Questionado pelos jornalistas, Rotstein não quis fazer previsões sobre o tempo de vida que ainda resta a Sharon. “Ele saiu de situações difíceis em várias ocasiões desde que deu entrada em nosso hospital”, se limitou a dizer. “O sentimento da equipe médica do hospital e da família de Ariel Sharon é que assistimos a uma piora de seu estado de saúde”, disse o diretor.

Os familiares de Ariel Sharon, especialmente seus dois filhos, Omri e Gilad, que decidiram mantê-lo vivo com a ajuda de aparelhos, estão em consultas com a equipe médica para definir os próximos passos, segundo a imprensa israelense. No início do ano passado, especialistas israelenses e um neurocirurgião americano registraram “uma atividade cerebral importante” no paciente.

A vida de Ariel Sharon é marcada pela preparação e condução, em 1982, da invasão ao Líbano, quando era ministro da Defesa. Ele também foi o grande líder da direita nacionalista que operou a retirada israelense da Faixa de Gaza. Uma comissão de investigação oficial concluiu que o então ministro teve responsabilidade por não prever e nem impedir os massacres nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila em Beirute, em setembro de 1982, cometidos por uma milícia cristã aliada a Israel. Por esta razão, foi obrigado a renunciar.

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Mas isso não impediu sua eleição como primeiro-ministro em 2001, e um segundo mandato em 2003. Após apresentar-se como fervoroso partidário da colonização dos Territórios Palestinos, organizou em 2005 a retirada israelense da Faixa de Gaza e o desmantelamento dos assentamentos nesta região.

Em 18 de dezembro de 2005, foi hospitalizado após um leve derrame cerebral, do qual se recuperou rapidamente. Mas, em 4 de janeiro de 2006, um grave derrame cerebral fez com que mergulhasse em um coma profundo, sem sinais de que poderia voltar a si.

https://www.youtube.com/watch?v=p5l1LE5-WzA

(Com agência France-Presse)

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