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Ex-ministro Nelson Jobim é citado em investigação na Itália

Ele teve seu nome envolvido em processo que apura venda de equipamentos

Por Da Redação
25 out 2012, 20h21

O ex-ministro da Defesa e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim teve seu nome envolvido em uma investigação que está sendo realizada pela promotoria de Nápoles, na Itália. Um depoimento o apontou como uma das pessoas que supostamente receberiam uma “comissão” com a venda de embarcações italianas para o Brasil na efetivação do contrato.

Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, o ex-ministro negou envolvimento com o caso: “Primeiro de tudo, nunca, nunca falamos sobre o assunto que está sendo chamado na Itália de ‘comissões’. E por uma razão muito simples. O projeto ProSuper, que previa a compra pela Marinha brasileira de uma fragata com a transferência de tecnologia, bem como navios de logística e transporte de combustível, foi interrompido”, disse. Segundo ele, foram vários os motivos para a suspensão, sendo o principal questões orçamentárias.

As investigações apontariam indícios de corrupção em transações internacionais da empresa Finmeccanica, que é controlada em 30% pelo estado italiano. Uma das negociações envolveria uma venda de 5 bilhões de euros para o Brasil, sobre a qual incidiria uma comissão de 11% que seria destinada ao ex-ministro italiano de Desenvolvimento Claudio Scajola, a Massimo Nicolucci (porta-voz do ministro), e a Jobim.

O depoimento que cita o ex-ministro da Defesa foi dado por Lorenzo Borgogni, ex-chefe de Relações Institucionais da Finmeccanica aos procuradores Vincenzo Piscitelli e Henry John Woodcock, em novembro do ano passado. Trechos do depoimento foram publicados esta semana pela imprensa italiana. Neles, Borgogni afirma que o canal entre Itália e Brasil era o ex-ministro italiano de Desenvolvimento Claudio Scajola que, mesmo não sendo o titular da pasta de Indústria, tinha boa relação com Jobim.

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“Se eu tivesse recebido algo em torno de 225 milhões de euros, eu ainda ia passar meus dias entre papéis e tribunais?”, disse Jobim ao La Stampa. Jobim deixou o Ministério da Defesa em agosto de 2011 e voltou a trabalhar em seu escritório de advocacia em Brasília.

(Com agências EFE)

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