Ex-ministro britânico pode ter sido espionado por jornal
Detetives do 'News of the World' são suspeitos de grampear computadores
O ex-ministro britânico para a Irlanda do Norte, Peter Hain, pode ter sido vítima de espionagem jornalística praticada por detetives que trabalhavam para a News International, editora do extinto jornal The News of the World, de propriedade do magnata Rupert Murdoch.
Entenda o caso
- • O tabloide News of the World recorria a detetives e escutas telefônicas em busca de notícias exclusivas – entre as vítimas estão celebridades, políticos, membros da família real e até parentes de soldados mortos.
- • Policiais da Scotland Yard também teriam sido subornados para fornecer informações em primeira mão aos jornalistas.
- • O escândalo forçou o fechamento do jornal sensacionalista, que circulou por 168 anos e era um dos veículos do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch.
- • Agora, a polícia investiga uso de grampos ilegais em outros jornais britânicos.
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Segundo o jornal The Guardian, a polícia britânica informou a Hain que seu computador, os de funcionários de seu ministério e os de agentes secretos podem ter sido espionados durante sua passagem pelo gabinete do antigo governo trabalhista, terminado após a eleição do atual primeiro-ministro da Grã-Bretanha, o líder do partido conservador David Cameron.
Deputado trabalhista pela circunscrição galesa de Neath, Hain foi ministro para a Irlanda do Norte entre 2005 e 2007. Um porta-voz do ex-minitro se limitou a dizer que esse é um assunto de “segurança nacional e está sob investigação policial, por isso não seria correto fazer comentários”.
A investigação sobre a suposta espionagem está sendo conduzida pela Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres, ao mesmo tempo em que autoridades britânicas investigam o caso das escutas telefônicas ilegais do News of the World. Em 2006, a polícia recebeu denúnicias de espionagem jornalística feita por repórteres do periódico, mas não prosseguiu com as investigações. Isso só ocorreu no último mês de janeiro, quando o escândalo se agravou com novas acusações, entre elas a de que os telefones de familiares de vítimas de crimes, suspeitos de terrorismo e soldados mortos em combate haviam sido grampeados.
(Com agência EFE)