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Ex-FBI assume culpa por vazamento para Associated Press

Donald Sachtleben foi descoberto após a administração do presidente Barack Obama interceptar registros telefônicos de jornalistas da agência de notícias

Por Da Redação
24 set 2013, 01h04

O ex-policial do FBI Donald Sachtleben assumiu nesta segunda-feira a culpa pelo vazamento de informações secretas para a agência de notícias Associated Press, informou o jornal The New York Times. O aposentado, de 55 anos, concordou em passar pouco mais de três anos na prisão por ter revelado detalhes de uma operação da CIA no Iêmen que impediu uma ação da Al Qaeda para explodir um avião com destino aos Estados Unidos. Sachtleben foi identificado pelas autoridades após o governo do presidente Barack Obama interceptar os registros de mais de 20 linhas telefônicas usadas em sucursais da agência e por jornalistas.

Sachtleben também foi alvo de outra investigação conduzida separadamente pelo FBI. O ex-policial foi processado por distribuir pornografia infantil e fez um acordo para passar 97 meses na prisão. Se as duas condenações forem aceitas pelo juiz, o aposentado ficará pelo menos 11 anos e oito meses na cadeia.

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Mesmo sem o veredicto final, a pena aceita pelo ex-policial aumenta para oito o número de pessoas condenadas durante o governo Obama por vazamento de informações e espionagem – apenas três casos foram registrados durante a gestão de todos os outros presidentes americanos. “Este processo demonstra nosso empenho em condenar todos que violarem a solene função de proteger os segredos da nação e prevenir novos vazamentos entre aqueles que ignorarem suas obrigações”, disse Ronald C. Machen Jr., promotor do Distrito de Columbia, onde fica a capital Washington, que foi designado para o caso pelo próprio secretário de justiça, Eric Holder.

Holder, inclusive, teve a imagem profundamente arranhada após o escândalo de grampos vir à tona. Após a AP denunciar as interceptações feitas secretamente pelo governo, a administração Obama recebeu duras críticas sobre a violação da liberdade de imprensa vindas de organizações da sociedade civil, grupos que representam jornalistas, congressistas republicanos e democratas.

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Pouco tempo depois, o jornal The Washington Post publicou uma reportagem que acusava o Departamento de Justiça de vasculhar e-mails e interceptar registros telefônicos do correspondente da rede de televisão Fox News em Washington, James Rosen. O jornalista foi classificado pelo FBI como “cúmplice de conspiração” após obter e publicar informações de documentos confidenciais sobre um teste nuclear que a Coreia do Norte faria em resposta a uma resolução da ONU condenando testes anteriores, em 2009.

Após rebater as contestações feitas a Obama, Holder chegou a ser acusado de perjúrio durante uma audiência no Congresso por negar envolvimento em qualquer “potencial perseguição” a Rosen. Segundo o The New York Times, um movimento chegou a ser formado dentro da Casa Branca para arquitetar a renúncia do secretário de justiça. O processo, contudo, perdeu força após os documentos vazados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden escancarar a vasta rede de espionagem orquestrada pela administração Obama contra a própria população.

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