Ex-epicentro da Covid-19, Nova York se prepara para reabertura total
Apesar de falta de detalhes concretos, medidas como retorno dos teatros da Broadway em setembro e volta das aulas presenciais já foram anunciadas
Ex-epicentro da Covid-19, a cidade de Nova York se prepara para voltar completamente à normalidade no dia 1º de julho. Impulsionado pelos altos índices de vacinação e pela queda nos números de mortos e infectados, o prefeito Bill de Blasio anunciou nesta quinta-feira, 29, que a cidade terá uma “reabertura completa”, recuperando a capacidade máxima do comércio.
“Estamos prontos para a reabertura de lojas, negócios, escritórios, teatros e teatros com força total. Vemos que as pessoas foram vacinadas em números extraordinários. (…) Vai ser o verão da cidade de Nova York”, disse o prefeito ao canal MSNBC.
Ainda não há detalhes concretos de como se dará essa reabertura completa, porém algumas medidas foram anunciadas, como o retorno dos teatros da Broadway em setembro e volta das aulas presenciais no outono americano.
De acordo com dados de vacinação do governo do estado de Nova York, mais de 3,6 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus, enquanto 2,4 milhões já foram vacinadas completamente, o equivalente a 43,1% e 29,5% da população da cidade, respectivamente.
No final de março, o estado ampliou sua campanha de vacinação pra todos com mais de 30 anos e, a partir de 6 de abril, para maiores de 16 anos.
O anúncio feito por Blasio nesta quinta-feira ocorre pouco mais de um ano depois das primeiras medidas restritivas impostas na cidade para frear a disseminação do vírus. Com recordes negativos diários na época, Nova York chegou a ser considerado o epicentro da doença em março de 2020.
Apesar de seu sucesso recente no combate ao coronavírus, a doença deixou fortes marcas na cidade. No total, mais de 920.000 moradores tiveram casos confirmados ou prováveis, mais de 100.000 foram hospitalizados e mais de 32.000 morreram, de acordo com o Departamento de Saúde municipal.
Agora, com mais de 6 milhões de doses aplicadas, o prefeito chegou a afirmar que “algumas pessoas vão migrar para nossa cidade porque querem viver de novo”, uma semana após anunciar a maior campanha turística da história da cidade para atrais visitantes no verão americano.
Para impulsionar o turismo, um dos pontos de vacinação é o tradicional Museu de História Natural, onde visitantes podem receber suas doses ao lado de exibições permanentes. Além disso, quem for ao museu para se vacinar tem direito a entrada gratuita.
O governador do estado, Andrew Cuomo, também já decretou para o início de maio um relaxamento nas medidas restritivas, como o fim do toque de recolher para alguns comércios e a permissão de sentar em bares e restaurantes.