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Ex do ditador da Coreia do Norte foi fuzilada, segundo jornal

Cantora de popular grupo do país teria sido morta sob acusação de produzir e vender material pornográfico, o que é ilegal no país

Por Jean-Philip Struck
29 ago 2013, 14h18

A cantora pop Hyon Song-wol, ex-namorada do ditador norte-coreano Kim Jong-un, foi executada na semana passada, segundo o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, o periódico de maior circulação do país. De acordo com a publicação, Hyon e outros onze músicos e dançarinos dos grupos musicais Unhasu, Wangjaesan e Moranbong foram mortos por pelotões de fuzilamento sob a acusação de gravar e vender material pornográfico, o que é ilegal na Coreia do Norte. Ainda de acordo com o jornal, as famílias das vítimas foram enviadas para campos de trabalhos forçados.

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Hyon havia sido a voz de “sucessos” da música norte-coreana – a única permitida no país – como “Somos as tropas do Partido”, “Eu amo Pyongyang” e “Uma garota na sela de um corcel”, em que obrigatoriamente cantava odes ao estado comunista e à família Kim, que governa a Coreia do Norte com mão de ferro desde os anos 40. Nos clipes, ela aparecia vestida de camponesa ou de operária comunista (veja abaixo), cantando refrãos como “após um dia de trabalho eu ainda tenho energia” em cenários como fábricas têxteis.

Especula-se que a cantora namorou Kim Jong-un há cerca de dez anos. Segundo a imprensa sul-coreana, o caso acabou quando o pai do atual ditador, King Jong-il, se mostrou contra o relacionamento. Ela foi aos poucos desaparecendo do público a partir de 2006, quando teria se casado com um oficial do Exército.

Em julho de 2012, meses depois da morte de King Jong-il e da ascensão do seu filho Kim Jong-um ao poder, o interesse por Hyon reapareceu. Na ocasião, o ditador foi fotagrafado ao lado de outra mulher em uma cerimônia pública. Á época, a imprensa da Coreia do Sul especulou que essa mulher era Hyon,e que o relacionamento entre os dois poderia ter sido reatado.

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Mas o governo da Coreia do Norte revelou depois que a mulher ao lado de Kim Jong-um era na verdade a nova esposa do ditador, Ri Sol-ju, também uma cantora, que havia sido membro do grupo Unhasu no passado, justamente uma das bandas que teve músicos executados pelo pelotão de fuzilamento.

Segundo Toshimitsu Shigemura, um especialista em assuntos norte-coreanos da Universidade Waseda, em Tóquio, que foi ouvido pelo jornal inglês The Daily Telegraph, é provável que Hyon e os músicos tenham sido executados por razões políticas. “Se as pessoas tivessem apenas produzido pornografia, elas teriam desaparecido no sistema prisional. Há uma razão política para isso [o fuzilamento], ou, como a mulher de Kim pertencia a um dos grupos, é possível que essas execuções estejam ligadas a ela”, disse.

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