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Ex-braço direito de Kadhafi detido na Mauritânia

Por Str
17 mar 2012, 11h41

O coronel Abdullah al-Senusi, um dos pilares do antigo regime líbio de Muamar Kadhafi e procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi detido na madrugada de sábado no aeroporto da capital da Mauritânia, Nuakchot.

Senusi foi detido pelos serviços de segurança da Mauritânia ao desembarcar de um voo comercial procedente de Casablanca (Marrocos). De acordo com uma fonte do governo, o cunhado de Kadhafi e ex-diretor do serviço de inteligência da Líbia ele viajava com um passaporte falsificado do Mali.

Ele foi levado para a sede da Segurança de Estado em Nuakchot, mas até o momento o governo mauritano ainda não informou se pretende entregar Senusi ao TPI, em Haia, Holanda.

Em Trípoli, Muamad al-Harizi, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT, atualmente no poder) confirmou a detenção.

“O ministério mauritano das Relações Exteriores nos confirmou a detenção de Senusi”, disse.

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As autoridades líbias anunciaram que pedirão a extradição de Senusi, um coronel de 62 anos que integrava o núcleo de confiança de Kadhafi.

O presidente francês Nicolas Sarkozy celebrou a detenção e anunciou que transmitirá uma demanda de extradição nas próximas horas.

Durante muitos anos, Senusi comandou o serviço secreto militar da Líbia, “um dos órgãos de repressão mais poderosos e eficientes do regime”, segundo o TPI.

Os governos da Nigéria e do Mali já haviam informado que Senusi, literalmente desaparecido desde a queda do regime de Kadhafi em outubro, havia passadp de Níger a Mali com alguns de seus homens de confiança.

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Em novembro do ano passado, o novo regime líbio anunciou a detenção de Senusi na região de Sabha, sul da Líbia. Mas desde então nenhuma imagem de Senusi foi divulgada.

O TPI emitiu um mandato de prisão contra Senusi em junho de 2011, com as acusações de “assassinatos e perseguições de civis que constituíram crimes contra a humanidade” no início da revolta popular que terminaria por derrubar Kadhafi.

Ele também foi responsabilizado pelo massacre na prisão de Abu Salim, em Trípoli, onde estavam prisioneiros políticos. Mais de mil detentos morreram no local em 1996.

Senusi já havia sido condenado, à revelia, à prisão perpétua em 1999 por uma corte de apelação francesa por sua participação no atentado de 10 de setembro de 1989 contra o voo UTA 772, no qual morreram 170 pessoas.

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Senusi permaneceu fiel a Kadhafi até o fim. Em 21 de agosto de 2011, dia da entrada dos rebeldes na capital, ele afirmou aos jornalistas estrangeiros em Trípoli que “os serviços de de inteligência ocidentais e da Otan trabalhavam ao lado da Al-Qaeda para destruir a Líbia”.

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