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Ex-advogado de Trump faz acordo de delação premiada

Para evitar sua prisão, Michael Cohen quer abrir os segredos dos casos de Donald Trump que estão sob investigação

Por Denise Chrispim Marin
Atualizado em 23 ago 2018, 14h48 - Publicado em 21 ago 2018, 17h51

Em uma guinada nada favorável ao presidente dos Estados Unidos, seu ex-advogado Michael Cohen declarou diante de um tribunal ter recebido ordens de Donald Trump para efetuar pagamentos para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels e outras mulheres com as quais tinha se relacionado. Essa missão teve o objetivo de evitar estragos maiores na campanha do republicano pela Casa Branca, em 2016.

Cohen admitiu esses pagamentos ilegais diante da Corte Distrital de Manhattan, em Nova York, e também se declarou culpado por desrespeitar a lei de financiamento de campanha eleitoral e outros delitos. O jornal The New York Times publicou que esse conjunto de crimes “revelaram seu sombrio envolvimento no círculo de Trump e seus próprios negócios corruptos”.

“Eu participei nessa orquestração, que da minha parte se deu em Manhattan, com o principal propósito de influenciar a vitória eleitoral [de Trump em 2016]”, afirmou, para em seguida acrescentar que “os pagamentos às mulheres haviam ocorrido em coordenação de um candidato a cargo federal e sob as ordens dele”.

Cohen foi, por décadas, o principal colaborador de Trump, responsável por lidar com as questões mais sensíveis e pessoais do atual presidente. Ele é acusado de vários crimes, entre os quais fraude tributária e violações no financiamento da campanha presidencial de 2016.

Outros veículos da imprensa americana, como a emissora NBC, já tinham antecipado que Cohen estava negociando com as autoridades e que o acordo poderia sair hoje mesmo, mas indicavam que as discussões focavam em outras acusações contra o ex-advogado do presidente, denunciado também por fraude fiscal e crimes bancários.

O Times afirma que o acordo favorece a investigação sobre os pagamentos feitos por Cohen para silenciar as mulheres com as quais Trump manteve relacionamentos. Entre elas está a atriz pornô Stephanie Gregory Clifford, mais conhecida como Stormy Daniels, que recebeu US$ 130 mil de Cohen a mando de Trump.

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Como o pagamento ocorreu pouco antes das eleições presidenciais vencidas por Trump, em 2016, as autoridades americanas investigam se Cohen e o republicano infringiram as regras de financiamento de campanha.

Segundo o Times, Cohen se declarará culpado nesse e em outros casos investigados pelos promotores. A informação também é confirmada pelo Daily News, de Nova York.

O FBI fez uma operação de busca e apreensão no escritório de Cohen, em Nova York, no dia 9 de abril. Foram confiscados documentos relacionados a diferentes assuntos, entre os quais os pagamentos que o advogado teria feito a Stormy Daniels.

Recentemente, o próprio Cohen vazou à rede de televisão CNN uma gravação na qual ele e Trump conversam antes das eleições sobre um outro pagamento para silenciar a ex-modelo da revista Playboy Karen McDougal, que também afirma ter tido uma relação com o presidente.

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Cohen tinha sugerido que estava disposto a dar informações sobre Trump às autoridades em troca de evitar sua condenação à prisão. Hoje, ele se considerou culpado diante da Corte Distrital de Manhattan por vários crimes de evasão fiscal e por uma fraude bancária.

Pouco depois, o ex-chefe de campanha de Trump em 2016, Paul Manafort, foi considerado culpado por uma série de crimes fiscais e bancários e por evasão de divisas.

(Com EFE)

 

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