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Apesar de radiação, evacuados de Fukushima são instruídos a voltar para casa

Governo do Japão deixará de fornecer ajuda financeira às famílias abrigadas em alojamentos temporários ou casas de aluguel subvencionadas

Por Da redação
Atualizado em 10 mar 2017, 15h12 - Publicado em 10 mar 2017, 15h11

Milhares de pessoas que fugiram da radiação nos arredores de Fukushima após o pior acidente nuclear do Japão, há seis anos, estão sendo instruídos a voltar para suas casas pelo governo japonês, que deixará de oferecer ajuda financeira às famílias abrigadas em alojamentos temporários ou casas de aluguel subvencionadas no mês que vem.

A decisão não leva em conta os preocupantes níveis de radiação nos bairros ao redor da usina nuclear cujo sistema de resfriamento foi destruído após forte terremoto seguido de tsunami em março de 2011. A tragédia deixou quase 19 mil mortos.

Ambientalistas condenaram a instrução, que deve afetar 27.000 antigos moradores da zona de evacuação imposta após o pior acidente nuclear desde o ocorrido em Chernobyl, em 1986.

No início da semana, o Greenpeace e outras ONGs acusou o governo japonês de “tentar normalizar a situação em Fukushima” e de “vulnerar os direitos humanos” dos evacuados.

Um relatório realizado pelo Greenpeace Japão, Human Rights Now e outras ONGs japonesas, e baseado em medições da radioatividade em áreas próximas à usina de Fukushima Daiichi, revelou que a radiação em grande parte da cidade Iitate supera amplamente o nível considerado seguro para a saúde humana.

As ONGs detectaram níveis de até 2,61 milisieverts anuais, mais do que o dobro do teto de 1 milisievert recomendado pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica (CPR), e que acumulado representa “um sério risco a longo prazo para que os retornam a seus lares”.

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Os níveis são ainda maiores em zonas florestais de Iitate, que supõem 75% do município, onde a radioatividade “é comparável à zona de exclusão de Chernobyl”, na qual o acesso segue proibido mais de 30 anos depois do acidente.

Estas doses de radiação representam “um perigo muito mais elevado” para mulheres e crianças, grupos demográficos “muito mais vulneráveis à radiação acumulada” do que os homens adultos.

“Não há retorno possível à normalidade em Iitate”, afirmou o especialista do Greenpeace Kendra Ulrich, que acrescentou que à indústria atômica “não interessa que exista uma ampla zona de exclusão, já que simboliza a irreversibilidade de um acidente nuclear”.

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(Com EFE)

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