Europeus correm contra o tempo para encontrar sobreviventes de enxurrada

Equipes de resgate trabalham intensamente neste sábado (17) para encontrar sobreviventes das enchentes que devastaram partes da Alemanha e da Bélgica, matando pelo menos 170 pessoas. Este já é considerado o pior desastre natural em seis décadas na Europa.

Milhares de médicos, bombeiros e engenheiros e pelo menos 850 soldados foram enviados para as áreas críticas. Eles estão equipados com helicópteros, veículos blindados e barcos para resgatar pessoas presas nas águas e fazer buscas nos restos de edifícios destruídos.

Os estados da Renânia do Norte-Vestfália, Renânia-Palatinado e Sarre foram os mais afetados pelas chuvas. Calcula-se que 1.300 pessoas ainda estejam desaparecidas como resultado da enxurrada.

Embora o risco de novas inundações esteja diminuindo, há grande preocupação com o possível rompimento de uma barragem na cidade de Steinbachtal, na Renânia do Norte-Vestfália, a sudoeste da cidade de Bonn. Uma inspeção mostrou que grandes partes da estrutura se soltaram, deixando-a extremamente instável, e mais pessoas podem ser solicitadas a deixar suas casas.

Enquanto isso, trabalhadores de emergência revistaram carros abandonados em várias rodovias, ainda inundada, mas o porta-voz do corpo de bombeiros, Elmar Mettke, disse que nenhum corpo foi encontrado.

A tragédia aumentou a preocupação na Alemanha de que as autoridades não estejam agindo o suficiente para lidar com os extremos meteorológicos, cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas.

Entre terça e quinta-feira, uma zona de baixa pressão despejou níveis recordes de chuva. Algumas cidades receberam o equivalente a dois meses de chuva em apenas 24 horas, disse a agência meteorológica da Alemanha.