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EUA vão deportar crianças enviadas ilegalmente ao país

Secretário de Segurança Nacional alerta pais sobre riscos do tráfico de pessoas: cerca de 47.000 menores entraram nos Estados Unidos neste ano

Por Da Redação
22 jun 2014, 15h55

O Secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jeh C. Johnson, informou neste domingo aos pais das crianças que cruzaram ilegalmente a fronteira do país vindas da América Central que o governo vai deportá-las. Segundo o secretário, as crianças não têm permissão para permanecer nos Estados Unidos.

Johnson enviou uma “carta aberta” aos pais, na qual os advertiu sobre os perigos e traumas que as crianças podem sofrer nas mãos de contrabandistas. “Se sua filha ou filho for preso ao atravessar a fronteira de forma ilegal, será acusado de violar as leis migratórias dos Estados Unidos e será iniciado um processo de deportação: uma situação nada recomendável”, escreveu o chefe do Departamento de Segurança Nacional americano.

Johnson desmentiu o rumor de que o governo americano abriria exceções à atual legislação migratória – um projeto de reforma está em estudo no Congresso – e que daria a regularização para os imigrantes ilegais que tenham entrado no país ainda crianças. Segundo as autoridades americanas, essa falsa impressão teria sido divulgada por máfias do tráfico de pessoas. A informação é apontada como motivo da chegada em massa de crianças desacompanhadas dos pais. Ao todo, os Estados Unidos já receberam 47.000 crianças neste ano.

“Deixe-me ser claro: não há qualquer caminho que leve à cidadania, nem há qualquer recurso que o Congresso esteja contemplando para uma criança que cruze nossa fronteira de forma ilegal hoje”, diz Johnson.

Ele explicou que o programa “Ação Diferida para os Chegados na Infância” (Deferred Action for Childhood Arrivals) do governo americano, também conhecido pela sigla Daca, “não se aplica às crianças que cruzem a fronteira americana de forma ilegal hoje, nem às que cruzaram ontem ou cruzarão amanhã”. “Para cumprir com os requisitos da Daca, a criança deve ter entrado nos Estados Unidos antes de 15 de junho de 2007, há sete anos”, informou.

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“A legislação de reforma migratória que se encontra atualmente no Congresso oferece um caminho merecido à cidadania, mas apenas a determinadas pessoas que vieram a esse país antes de 31 de dezembro de 2011”, afirmou. Johnson acrescentou que, conforme as leis e políticas atuais dos Estados Unidos, qualquer pessoa que seja detida ao atravessar ilegalmente a fronteira será submetida à deportação prioritária, independentemente de sua idade.

Johnson diz reconhecer que violência gerada pelas drogas e pelo crime organizado “aterroriza a sociedade” nos países de origem das crianças (Honduras, El Salvador e Guatemala, principalmente), mas enfatizou: “Mandar seu filho ou filha para viajar ilegalmente aos Estados Unidos não é a solução”. “Nas mãos dos contrabandistas, muitas crianças experimentam situações traumáticas e sofrem abusos psicológicos na viagem; ou, o que é pior, são agredidas, mal alimentadas, estupradas ou vendidas no mercado do sexo e ficam expostas a todo tipo de abusos psicológicos por parte dos criminosos”.

O Secretário de Segurança Nacional visitou nesta semana um centro de processamento no Texas. “Como pai, observei os rostos dessas crianças e vi temor e vulnerabilidade”.

(Com agência Efe)

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