Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que vão cortar toda a ajuda financeira que não seja humanitária a Honduras. O motivo da medida é a deposição do presidente Manuel Zelaya, no dia 28 de junho. A determinação torna permanente uma suspensão até então temporária de auxílio imposta pelos EUA após o golpe militar.
A secretária de Estado americana Hillary Clinton fez o anúncio oficialmente durante um encontro com Zelaya. Ela disse que os EUA não irão reconhecer o vencedor das próximas eleições, se realizadas nas atuais condições, e pediram “comícios legítimos”. Hillary, porém, não chegou a reconhecer que houve um golpe militar no país. “Neste momento, não poderíamos respaldar as eleições que foram convocadas”, disse em comunicado Ian Kelly, porta-voz do Departamento de Estado.
O valor do auxílio cortado ainda não foi determinado. Estima-se que seja algo entre 200 milhões de dólares. Os EUA ainda devem negar novos vistos na embaixada dos EUA em Tegucigalpa, capital hondurenha.
Zelaya já está há mais de dois meses pedindo aos EUA para que aumentem a pressão sobre o governo de Roberto Micheletti, que assumiu a presidência de Honduras após o golpe. Com o anúncio desta quinta, Hillary frustrou parte de suas reivindicações, pois Zelaya esperava que os EUA declarassem que houve um golpe militar e que condenassem de forma contundente as violações aos direitos humanos que comete o governo em seu país.