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EUA se recusam a mudar estratégia após anúncio talibã

Insurgentes suspenderam o diálogo após a morte de 16 civis no domingo

Por Da Redação
15 mar 2012, 16h03

Os Estados Unidos continuarão apoiando o processo de reconciliação no Afeganistão e sua estratégia não mudará, apesar do anúncio desta quinta-feira do movimento rebelde talibã sobre a ruptura de negociações com Washington, destacou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. O porta-voz afirmou que os talibãs sabem quais são as condições que o governo americano estabeleceu para conseguir o diálogo de reconciliação. As conversas prévias entre as facções afegãs se desenvolviam desde o início do ano no Catar. “Apoiamos um processo dirigido pelos afegãos para a reconciliação. Não há uma resolução provável do conflito no Afeganistão sem uma resolução política”, acrescentou.

A estratégia americana segue intacta, embora, nas últimas semanas, as tropas americanas tenham sido envolvidas em “desafortunados e trágicos incidentes” que não melhoraram a situação, disse Carney em referência à queima de exemplares do Corão e ao assassinato de 16 civis no domingo passado por um soldado americano em Kandahar. Diante do aumento dos episódios de violência, o presidente afegão, Hamid Karzai, pediu nesta quinta-feira ao secretário de Defesa americano, Leon Panetta, que se encontra em Cabul, que as tropas da Otan “abandonem as aldeias” do Afeganistão e “permaneçam em suas bases” após o ocorrido no fim de semana.

Segurança – Segundo um comunicado oficial, Karzai se encontrou com Panetta e lhe disse que as forças afegãs têm a capacidade de manter a segurança por elas mesmas e pediu à Otan que agilize o processo de transição. Já a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, explicou que os Estados Unidos devem continuar o processo se os talibãs continuarem dispostos a renunciar à violência. No entanto, Nuland disse que o próximo passo que os EUA esperam dos talibãs, se é que querem que o processo avance, “são declarações claras sobre sua rejeição e distanciamento sobre o terrorismo internacional e seu apoio a um processo político”.

O comunicado dos talibãs divulgado nesta quinta-feira anuncia a suspensão do diálogo e culpa a postura dos EUA pelo fracasso das negociações. Para os rebeldes, Washington não implementou iniciativas contempladas como “passos práticos” para facilitar as negociações entre as partes como uma “troca de prisioneiros”. Ao mesmo tempo, militares americanos minimizaram o pedido do presidente afegão para retirada das tropas estrangeiras de suas cidades. “Neste momento, não há razão nenhuma para pensar em mudar o calendário e o presidente Karzai não pediu qualquer mudança no cronograma” durante as reuniões com Panetta, declarou à imprensa o funcionário, que pediu anonimato.

(Com agências EFE e France-Presse)

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