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EUA são criticados na ONU por defesa de soberania de Israel em Golã

Decisão unilateral de Trump foi condenada pelos 14 demais integrantes do organismo por romper com o consenso internacional

Por Da Redação
Atualizado em 28 mar 2019, 11h23 - Publicado em 28 mar 2019, 10h37

Os Estados Unidos defenderam na quarta-feira 27, no Conselho de Segurança da ONU, a decisão de Donald Trump de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, uma postura condenada pelos catorze demais integrantes do organismo das Nações Unidas, durante a reunião urgente convocada a pedido da Síria.

O diplomata russo Vladimir Safronkov disse que posição de Washington representa um “desprezo pelo direito internacional” e “uma violação das resoluções” da ONU.

Da Bélgica à Alemanha, passando por Kuwait, China, Indonésia, Peru, África do Sul e República Dominicana, a decisão unilateral dos Estados Unidos foi condenada por romper com o consenso internacional sobre o tema.

“Golã é um território sírio ocupado por Israel” e “pedimos que este território seja liberado”, reclamou o representante do Kuwait, Mansur Al-Otaibi.

“A Síria condena o reconhecimento de Donald Trump” à soberania israelense sobre as Colinas de Golã, o que equivale a “torpedear o direito internacional e a humilhar as Nações Unidas”, declarou o embaixador sírio na ONU, Bashar Ja’Afari.

A França alertou que qualquer tentativa de se desviar do direito internacional está “fadada ao fracasso”.

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Várias resoluções da ONU atribuem às Colinas de Golã o status de “território ocupado” ilegalmente.

Apesar da decisão de Trump de reconhecer a soberania de Israel sobre Golã, Washington se pronunciou a favor da continuidade da missão da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (FNUOS) nas colinas.

O decreto assinado pelo presidente “não afeta o acordo de 1974 nem coloca em risco o mandato da FNUOS”, disse o diplomata da missão americana na ONU Rodney Hunter, durante a reunião urgente do Conselho.

Presente nas Colinas de Golã desde 1974, a FNUOS conta com cerca de 1.000 capacetes azuis, cujo mandato termina em junho. Seu custo anual é de aproximadamente 60 milhões de dólares.

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As Colinas de Golã foram conquistadas em 1967 por Israel e anexada em 1981, um ato que a comunidade internacional jamais reconheceu.

“A FNUOS continua tendo um papel vital para preservar a estabilidade entre Israel e Síria”, disse Hunter, após ter lamentado as atividades militares constatadas na área do Golã, que deveriam ser impedidas pelos capacetes azuis.

“Os Estados Unidos estão preocupados pelos informes da ONU sobre as atividades militares contínuas e pela presença de forças sírias na zona tampão desmilitarizada”, declarou o diplomata.

“O mandato da FNUOS é muito claro; não deve haver nenhuma atividade militar de nenhum tipo na zona tampão”, insistiu o representante americano. Washington, completou, “está também preocupado pelas informações sobre a presença (da milícia libanesa) Hezbollah” na região.

(Com AFP)

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