Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

EUA: renúncia de Annan é culpa de China e Rússia

Governo americano diz que a falta de apoio dos dois países levou à renúncia

Por Da Redação
2 ago 2012, 18h15

O governo dos Estados Unidos culpou nesta quinta-feira a China e a Rússia pela renúncia de Kofi Annan como mediador na Síria. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, a recusa dos dois países em apoiar uma condenação ao governo do ditador Bashar Assad no Conselho de Segurança da ONU levou a essa situação. China e Rússia bloquearam, em três ocasiões diferentes, resoluções de condenação ao regime de Assad apresentadas no Conselho e apoiadas pelos EUA e outros países ocidentais.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem forte repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU afirma que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que está “muito agradecido” pelos esforços de Annan “para alcançar a paz na Síria” e para tentar estabelecer uma transição política.

Leia também:

Leia também: Turquia e Curdistão denunciam ‘ameaça terrorista’ na Síria

Em comunicado, o chanceler francês, Laurent Fabius, considerou que a saída de Annan ilustra o “dramático beco sem saída” no qual se encontra a Síria. Ele acrescentou que o “cessar-fogo, a saída de Bashar Assad do poder e uma transição política que respeite todas as comunidades sírias são mais necessários do que nunca”.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, elogiou os “grandes esforços de Annan durante a difícil missão como enviado especial”. Ele afirmou que a mediação não deu frutos por causa da “falta de flexibilidade do governo sírio” e pelo “fracasso do Conselho de Segurança da ONU em enfrentar suas responsabilidades”.

Embora o ex-secretário-geral da ONU e prêmio Nobel da Paz tenha conseguido que ambos os lados aceitassem um plano de paz de seis pontos, o acordo nunca foi aplicado. Segundo o porta-voz americano, apesar da “promessa” de cumprir o plano de paz traçado por Annan, Assad “continua assassinando brutalmente seu próprio povo”.

Continua após a publicidade

Annan anunciou nesta quinta-feira em entrevista coletiva em Genebra que deixará o cargo de enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria no dia 31 de agosto porque, na sua opinião, no momento não há uma saída política para a crise.

Ajuda – Obama autorizou hoje o desembolso de mais 12 milhões de dólares em ajuda humanitária à Síria. Desde o início do conflito, em março de 2011, os Estados Unidos já disponibilizaram 76 milhões de dólares em assistência para o povo sírio.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.