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EUA reabrem portas de sua embaixada no Iêmen

Por Da Redação
5 jan 2010, 09h21

A embaixada dos Estados Unidos no Iêmen voltou a abrir nesta terça-feira, depois de passar dois dias fechada pelas ameaças da Al-Qaeda e 24 horas após uma operação antiterrorista das forças iemenitas.

Em um comunicado divulgado na internet, a embaixada explica que a decisão foi tomada depois das operações antiterroristas bem sucedidas executadas pelas forças de segurança iemenitas ao norte da capital.

“As ameaças de ataques terroristas contra alvos americanos continuam sendo importantes”, completa o comunicado, que também pede aos americanos no Iêmen que permaneçam vigilantes e adotem medidas de segurança.

Dois membros da Al-Qaeda foram mortos na ação de segunda-feira.

O ministério iemenita do Interior também anunciou a prisão de cinco terroristas, afirmando que Sanaa é capaz de garantir a segurança das embaixadas e dos estrangeiros no país.

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Por sua parte, os funcionários da embaixada britânica na capital iemenita se reintegraram à missão que, no entanto, continua fechada ao público.

A embaixada francesa também permanece fechada, enquanto que outras representações diplomáticas prosseguiam limitando o acesso a suas dependências por causas das ameaças da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP), que reivindicou o fracassado atentado contra um avião americano no Natal.

Na véspera, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, havia informado que Estados Unidos reabririam sua embaixada no Iêmen quando as condições de segurança o permitirem.

A embaixada dos Estados Unidos no Iêmen fechou suas portas domingo devido a ameaças de atentados da Al-Qaeda contra os interesses americanos neste país da península arábica. As autoridades britânicas fizeram o mesmo pouco tempo depois, seguidas pelas autoridades francesas.

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A secretária de Estado ainda denunciou a “dura repressão” das recentes manifestações no Irã, e disse que Washington “iniciou as discussões” com seus aliados para estudar novas “pressões e sanções” contra a República Islâmica por causa de seu programa nuclear.

“Iniciamos as discussões com nossos aliados e os países que compartilham nossa posição sobre pressões e sanções”, declarou Hillary, depois de uma reunião com o primeiro-ministro e chanceler do Qatar, xeque Hamad Ben Jassem Ben Jabr al-Thani.

“Não podemos continuar assim, quando os próprios iranianos falam em aumentar sua produção de urânio enriquecido”, justificou.

“É claro que a porta continua aberta para que o Irã tome a decisão certa e respeite suas obrigações internacionais” em matéria nuclear, destacara mais cedo um porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.

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Hillary Clinton também afirmou que “o duplo caminho do diálogo e da pressão” segue aberto ao Irã, se o país resolver cooperar sobre seu programa nuclear.

“Nosso objetivo é pressionar o governo iraniano, principalmente a Guarda da Revolução, sem contribuir para o sofrimento do povo iraniano”, explicou.

A secretária de Estado denunciou “os sinais crescentes da dura repressão” conduzida pelo poder contra os manifestantes “que expressam uma opinião diferente da que os dirigentes iranianos querem ouvir”.

Também na segunda-feira, o presidente iemenita Ali Abdullah Saleh recebeu dois emissários sauditas que declararam, segundo a versão da imprensa oficial, que a segurança do Iêmen fazia parte da segurança da Arábia Saudita.

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Um dos emissários era o príncipe Mohammed ben Nayef ben Abdel Aziz, chefe da luta antiterrorista saudita e que recentemente foi alvo de um atentado cometido por um camicase saudita chegado do Iêmen.

O presidente americano Barack Obama acusou a AQAP, com base no Iêmen, de ter planejado e treinado o jovem nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, acusado pela tentativa de atentado contra um avião da companhia americana Northwest Airlines que seguia de Amsterdã para Detroit no dia de Natal.

A AQAP reivindicou o atentado frustrado e pediu novos ataques às embaixadas no Iêmen.

A embaixada dos Estados Unidos na capital iemenita foi alvo em setembro de 2008 de um atentado com carro-bomba que matou 19 pessoas fora da área diplomática.

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Apoiadas por Estados Unidos e Grã-Bretanha, as forças de segurança iemenitas passaram à ofensiva em dezembro contra os supostos membros da Al-Qaeda.

Washington e Londres concordaram recentemente em fundar a Unidade de Contraterrorismo no Iêmen, uma força especial com treinamento e assistência americana.

O conselheiro antiterrorismo de Obama, John Brennan, qualificou a decisão de “esforço determinante e coordenado”, mas destacou que Washington não abrirá uma nova frente bélica no Iêmen, depois do Afeganistão e Iraque, enviando tropas para lutar contra os insurgentes islâmicos.

A Administração de Segurança dos Transportes (TSA) americana anunciou no domingo que “qualquer pessoa que viaje aos Estados Unidos de qualquer lugar do mundo com origem ou escala por nações que respaldam o terrorismo ou outros países de interesse serão submetidos a controles adicionais”.

Entre os países figuram Iêmen, Cuba, Irã, Sudão, Síria, Afeganistão, Líbia, Nigéria, Paquistão e Somália.

(Com agência France-Press)

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