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EUA: policial que matou jovem negro em Ferguson não violou direitos civis

Departamento de Estado analisou provas e depoimentos e concluiu que não havia elementos para levar adiante acusação contra policial Darren Wilson, que matou Michael Brown

Por Da Redação
4 mar 2015, 17h23

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos decidiu que o policial Darren Wilson não terá de responder a acusações de violação de direitos civis no caso da morte de Michael Brown em Ferguson, na região metropolitana de Saint Louis. O jovem negro foi morto a tiros em agosto do ano passado, em um caso que inflamou a opinião pública americana intensificou o debate sobre racismo na polícia. Em protesto, manifestantes foram às ruas e, Ferguson e muitas outras cidades americanas.

Várias testemunhas disseram que Brown estava com as mãos para o alto quando foi baleado, mas essa versão foi rejeitada por agentes federais e promotores dos direitos civis, assim como havia sido rejeitada pelo grande júri, formado por cidadãos comuns, em novembro. Nos dois casos concluiu-se que não havia elementos para indiciar Wilson.

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O Departamento de Justiça afirmou que provas forenses e depoimentos confirmaram a versão do policial de que Brown o enfrentou, tentou pegar sua arma, e que ele temeu por sua vida. O relatório afirmou que os depoimentos segundo os quais o jovem havia se rendido não eram críveis, segundo informou o jornal The New York Times. “Alguns desses relatos são imprecisos porque eles são inconsistentes com evidências físicas e forenses; alguns relatos são inconsistentes com declarações anteriores das próprias testemunhas”.

O documento explica que algumas testemunhas disseram que Brown levantou as mãos até a altura dos ombros, com as palmas abertas para frente por um breve momento e depois as mesmas pessoas descreveram que o jovem abaixou as mãos e atacou o policial. Outros depoimentos afirmando que o jovem nunca avançou contra o agente não foram confirmados por exames de DNA que serviram como prova.

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Acusações envolvendo direitos civis dificilmente encontram campo para avançar, uma vez que a lei exige que os promotores provem que o policial deliberadamente violou esses direitos ao atirar contra um suspeito.

A decisão anunciada nesta quarta não está relacionada a uma investigação mais ampla em Ferguson que encontrou sinais de abuso policial. Em um relatório sobre esta investigação, o Departamento de Justiça divulgou e-mails com conteúdo racista enviados por policiais e funcionários do Judiciário municipal. Um deles continha ofensas ao presidente Barack Obama. “É hora de as lideranças de Ferguson tomarem ações imediatas, estruturais e abrangentes”, disse o procurador-geral Eric Holder em comunicado.

(Da redação)

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