EUA pedem trégua na Ucrânia para investigação sobre voo
Governo da Alemanha também cobrou cessar-fogo entre separatistas, Kiev e Moscou para que responsáveis pela queda do avião 'sejam levados à Justiça'
Por Da Redação
18 jul 2014, 10h32
Os governos dos Estados Unidos e da Alemanha pediram um cessar-fogo imediato no Leste da Ucrânia para permitir a investigação da derrubada do avião da Malaysia Airlines. O desastre provocou a morte de todas as 298 pessoas a bordo.
“É urgente que exista uma investigação internacional completa, legítima e sem entraves o mais rapidamente possível”, afirmou em comunicado na noite de quinta-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. “Pedimos a todas as partes envolvidas, a Rússia, os separatistas pró-russos e a Ucrânia, que apoiem um cessar-fogo imediato.” A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reforçou, nesta sexta, a necessidade de uma trégua. “Um cessar-fogo é necessário e crucial para que os responsáveis sejam levados à Justiça”, declarou ela.
Tanto Merkel quanto a Casa Branca apontaram a influência da Rússia nos acontecimentos na Ucrânia. O porta-voz Earnest disse que “embora não se conheçam todas as circustâncias” da derrubada do avião, a Casa Branca considera que o desastre ocorreu no contexto da crise da Ucrânia, “que é alimentada pelo apoio russo aos separatistas, que inclui armas, equipamentos e treinamento”. “Esse incidente mostra que a Rússia precisa tomar medidas concretas para diminuir a escalada da situação na Ucrânia”, disse.
Merkel, por sua vez, disse que a Rússia precisa desempenhar um papel para promover um processo de paz na Ucrânia. “Esses eventos mostraram mais uma vez que é necessária uma solução política e, sobretudo, que a Rússia é responsável pelo que está acontecendo na Ucrânia no momento”, disse, em uma coletiva de imprensa em Berlin. Ela também salientou que suas declarações têm a intenção clara de convencer o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a “contribuir para uma solução política” do conflito.
A aeronave da companhia Malaysia Airlines fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur e caiu em Torez, perto de Shakhtersk, cerca de 50 quilômetros a leste de Donetsk, perto da fronteira entre Donetsk e Lugansk, áreas autodeclaradas independentes pelos separatistas. O governo ucraniano acusa separatistas pró-Moscou de serem terem abatido o avião e também acusa a Rússia de envolvimento no caso. Os russos negam, assim como os separatistas. O desastre matou todas as 298 pessoas a bordo.
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Separatistas – Nesta sexta-feira, observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram que os rebeldes separatistas que controlam o Leste da Ucrânia vão “permitir” a presença do grupo no local da queda do voo MH-17. Em uma negociação por videoconferência, os rebeldes pró-russos de Donetsk se comprometeram a garantir a segurança dos observadores internacionais e das equipes que realizarão a recuperação dos corpos e as investigações sobre a causa da tragédia. Autoridades de Kiev também participaram das conversas.
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