EUA: Não há evidência de que ataques terroristas foram coordenados
De acordo com o Departamento de Estado americano, não há até o momento nenhuma 'indicação em um nível tático' que leve a crer em um comando único orientando os ataques
O Departamento de Estado dos Estados Unidos comunicou nesta sexta-feira que não havia nenhuma evidência até agora de que os ataques terroristas em França, Tunísia e Kuwait foram coordenados ou orientados por um único grupo terrorista. O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, afirmou que os ataques ainda estão sendo investigados, mas que até agora não há “nenhuma indicação em um nível tático de que foram coordenados”. “Obviamente, claramente, todos foram ataques terroristas”, disse Kirby em entrevista coletiva. Mais cedo, o presidente da França, François Hollande, já havia descartado ligação entre os atentados na região de Lyon, no sudeste de seu país, e na Tunísia.
Três ataques terroristas deixaram dezenas de vítimas na Europa, no Norte da África e Oriente Médio, e aumentaram as preocupações sobre o avanço do terror islâmico em países considerados pacíficos, como França, Kuwait e Tunísia. Na França, dois terroristas invadiram uma usina próxima de Lyon, no sudeste do país, decapitaram uma pessoa e explodiram cilindros de gás. Um terrorista, sua mulher, sua irmã e um suspeito foram presos. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Não há informações se o outro terrorista é o segundo suspeito detido, um dos feridos ou se ele fugiu do local.
Leia também
Terror islâmico ataca em três países e deixa dezenas de mortes
Homem decapitado é encontrado em ataque terrorista na França
Ataque terrorista contra dois hotéis na Tunísia deixa pelo menos 37 mortos
Estado Islâmico ataca mesquita no Kuwait e deixa 25 mortos
Na Tunísia, três homens armados com fuzis Kalashnikov abriram fogo em um complexo de resorts litorâneos em Sousse, matando pelo menos 37 pessoas, inclusive turistas ocidentais, disseram autoridades. Um dos terroristas foi morto, um segundo foi preso pelas forças de segurança e um terceiro está foragido. O balneário de Sousse é um dos mais populares do país, atraindo visitantes da Europa e de países vizinhos do norte africano. Com as férias de verão no hemisfério norte, os hotéis estavam com a capacidade quase toda lotada.
E no Kuwait, o Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade por uma explosão em uma mesquita na capital do país, chamada de Cidade do Kuwait. De acordo com imprensa local, ao menos 25 pessoas morreram e mais de duzentas ficaram feridas.
Os ataques ocorreram durante o mês sagrado do Islã, o Ramadã. Apesar dos EUA negarem que haja uma ligação entre os atentados, nesta terça-feira, o EI incitou seus seguidores a intensificar os ataques durante o mês sagrado contra os cristãos e mesmo muçulmanos que não estão de acordo com os “preceitos do califado”. “Eu não acredito que as investigações estejam em um nível em que as autoridades saibam exatamente o que motivou cada um destes atentados e se o Ramadã foi um fator relevante”, disse Kirby. “É muito cedo para afirmar isso agora”, finalizou o porta-voz.
(Da redação)