Washington, 13 jan (EFE).- O Departamento de Estado americano renovou nesta sexta-feira um alerta de viagem sobre a Tunísia na qual adverte a seus cidadãos sobre a possibilidade de distúrbios e do risco de ‘situações imprevisíveis’ como manifestações e choques violentos.
Segundo o Departamento de Estado, a situação está calma na maioria das áreas turísticas e centros de negócios, mas existe a possibilidade de protestos espontâneos. Além disso, lembra que o estado de emergência se mantém e os toques de recolher podem ser restabelecidos sem aviso prévio suficiente.
Os Estados Unidos recomendam às pessoas com intenção de viajar ao interior do país norte-africano ‘avaliar as condições locais e rotas ao planejar a viagem, já que as condições podem mudar rapidamente’.
O Departamento de Estado tem renovado periodicamente os alertas de viagem desde o começo, no início de 2011, das revoltas na Tunísia, cujos protestos civis provocaram a queda do regime de Zine el Abidine Ben Ali.
Os EUA destacaram as mudanças realizadas no país desde a queda de Ben Ali e mencionam que, em outubro do ano passado, houve eleições transparentes, mas ‘os protestos políticos, greves, bloqueios de estradas e distúrbios’ continuam acontecendo.
O alerta lembra que as manifestações não estão dirigidas contra estrangeiros, mas que os cidadãos americanos devem manter-se alertas, e cita que as forças de segurança tunisianas constataram um aumento da disponibilidade de armas leves no país.
O aviso insiste ainda no perigo de viajar para zonas remotas do interior do país após alguns incidentes e choques armados em áreas fronteiriças com a Líbia, que ainda se recupera de uma guerra civil na qual milícias opositoras derrubaram e mataram o ditador Muammar Kadafi. EFE