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EUA: Manifestantes se reúnem em apoio à comunidade asiática após ataque

Protestos e vigília acontecem após ataque a tiros em três casas de massagem em Atlanta nesta semana; oito pessoas morreram, seis delas mulheres asiáticas

Por Da Redação Atualizado em 20 mar 2021, 20h39 - Publicado em 20 mar 2021, 20h36

Centenas de manifestantes se reuniram neste sábado, 20, em frente ao Capitólio do estado da Geórgia e na Times Square, em Nova York, em apoio à comunidade asiático-americana, após um ataque a tiros em três casas de massagem em Atlanta nesta semana. Oito pessoas morreram, seis delas mulheres asiáticas.

O massacre aconteceu em um momento de extrema tensão para a comunidade americana de origem asiática. O número de ataques e crimes de ódio contra ela disparou desde o início da pandemia, de acordo com organizações que lutam contra o extremismo. Os ativistas culpam, em parte, o ex-presidente republicano Donald Trump, que repetidamente se referiu ao coronavírus, registrado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, como o “vírus chinês”.

Neste sábado, na Geórgia, diversas pessoas na multidão seguravam bandeiras dos Estados Unidos e cartazes com frases como “Nós não somos o vírus”e “Parem o ódio contra asiáticos”.

Já em Nova York, manifestantes se reuniram na Times Square em uma marcha até Chinatown, tradicional bairro chinês de Manhattan. Outro grupo se reuniu no parque público Washington Square Park para uma vigília em memória das vítimas. Muitos dos participantes estavam vestidos de branco e seguravam velas.

Mulher segura placa que diz
Mulher segura placa que diz “Meus pais são os próximos?” durante manifestação em apoio à comunidade asiático-americana, em Nova York. 20/03/2021. (David Dee Delgado/Getty Images)

“As mulheres que morreram… Eu vejo minha família nelas”, disse Timothy Phan, morador da Flórida que dirigiu oito horas até Atlanta para participar da manifestação, à CNN. “Eu sinto isso mais do que devia, nós somos apagados”.

Segundo a coalização nacional Stop AAPI Hate, somente em 2020 aconteceram 2.800 incidentes de ódio contra a população asiática nos Estados Unidos.

Na quinta-feira, parlamentares dos EUA criticaram o aumento de violência contra asiáticos no país. Em audiência no Congresso, a deputada Grace Meng, de origem taiwanesa, afirmou que “a comunidade está sangrando”. No dia seguinte, o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris viajaram à Geórgia para se encontrar com líderes da comunidade asiático-americana.

O Ataque

Robert Aaron Long, de 21 anos, foi detido no condado de Crisp e acusado de ser o autor dos disparos em três casas de massagem na terça-feira 16. A polícia ainda investiga as razões por trás do ataque, mas há suspeitas de que o homem tinha motivações raciais.

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O suspeito abriu fogo e matou quatro pessoas em uma casa de massagens chamada Young’s Asian Massage Parlour. Duas pessoas já estavam mortas quando a polícia chegou e outras duas chegaram a ser socorridas com vida, mas não resistiram.

Pouco depois, tiros em outras duas casas de massagem, que ficam em frente uma da outra, deixaram mais quatro mortos. Os dois crimes aconteceram a cerca de 50 quilômetros de distância. Robert Aaron Long foi encontrado ao sul de Atlanta horas após uma caçada policial.

A Embaixada da Coreia do Sul confirmou que pelo menos quatro das vítimas eram de nacionalidade sul-coreana.

Em entrevista a rede de televisão WXIA-TV, o chefe de polícia de Atlanta, Rodney Bryant, disse que é cedo para especular possíveis motivos para os ataques. Ele foi questionado se o ato pode ter relação com a onda nacional de crimes de ódio anti-asiáticos, mas não respondeu. “Estamos nos estágios iniciais, então não podemos fazer essa determinação ainda”, disse.

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