A justiça federal americana anunciou nesta terça-feira a detenção de quatro pessoas supostamente vinculadas ao Talibã e ao Hezbollah, acusadas de “narcoterrorismo” e tentativa de compra de mísseis antiaéreos.
Os presos foram detidos através de duas operações secretas da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA), que atua no Afeganistão, Romênia, Chipre, Malásia e Líbano.
Segundo a justiça, uma das operações da DEA resultou na detenção de Siavosh Henareh, Bachar Wehbe e Cetin Asku, que entraram em contato com agentes encobertos para vender heroína e comprar armamento, incluindo mísseis antiaéreos, por um valor de 9,5 milhões de dólares.
Henareh e Aksu foram detidos na Romênia e Wehbe nas Ilhas Maldivas (Oceano Índico) e os três foram extraditados aos Estados Unidos.
Henareh foi acusado de “conspiração para importar heroína”, e Aksu e Wehbe receberam três e duas acusações respectivamente, sendo uma delas de “conspiração para adquirir, transferir e possuir mísseis antiaaéreos”, um crime punido com prisão perpétua nos Estados Unidos.
Na outra operação foi preso Taza Gul Alizai, um afegão que “vendeu rifles e heroína” a um agente encoberto da DEA que se fez passar por um associado dos talibãs entre 2008 e 2010, segundo a ata de acusação do promotor Preet Bharara.
Gul Alizai foi detido também nas Maldivas e extraditado aos Estados Unidos, onde foi acusado de quatro crimes, entre eles “conspiração narcoterrorista” e “narcoterrorismo”.