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EUA estudam libertar espião israelense

Jonathan Pollard está preso desde 1985 e sua libertação poderia ajudar Washington a manter as negociações de paz entre Israel e Palestina

Por Da Redação
1 abr 2014, 10h27

O governo dos Estados Unidos considera a libertação antecipada do espião israelense Jonathan Pollard como parte de um esforço para manter as negociações de paz entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), reporta o Washington Post nesta terça-feira. A informação foi dada pelo secretário de Estado John Kerry, que está no Oriente Médio cumprindo uma agenda com diversas reuniões para tentar manter o acordo de paz vivo.

De acordo com a avaliação do jornal, a libertação de Pollard, preso desde 1985 sob pena de prisão perpétua por espionagem, seria um enorme prêmio para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e proporcionaria ao presidente Obama maior abertura para seguir negociando a criação de um Estado palestino independente. O governo Obama, assim como as administrações republicanas e democratas anteriores, tem resistido ao lobby israelense para aliviar a sentença de Pollard.

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Kerry se reuniu com Netanyahu durante quatro horas na noite desta segunda-feira. O principal tema da visita de Kerry foi tentar prosseguir com as negociações de paz, mas a questão sobre o destino de Pollard e a importância de sua libertação para Israel se sobrepuseram à discussão inicial, informa o Washington Post. O secretário de Estado dos EUA deve também se encontrar ainda esta semana com o Mahmoud Abbas, presidente da ANP.

Uma autoridade dos EUA disse que a libertação antecipada de Pollard está em discussão, mas que não foi tomada nenhuma decisão. O funcionário falou sob condição de anonimato, pois as negociações são politicamente sensíveis para ambos os países. Um alto funcionário do governo israelense confirmou que os israelenses estavam buscando a libertação de Pollard como parte do prosseguimento das negociações de paz. A liberdade de Pollard exigiria uma concessão de clemência de Obama, mas a Casa Branca também poderia também recomendar a libertação antecipada no final do próximo ano, quando Pollard terá completado 30 anos de pena e teria direito a sair da cadeia se a Justiça americana entender que ele já cumpriu uma sentença suficiente.

As negociações entre americanos e israelenses sofreram um desgaste, sobretudo depois do acordo nuclear que as potências do chamado Grupo 5+1 (EUA, França, Grã-Bretanha, China, Rússia e Alemanha) fecharam com o Irã. Israel sempre foi contra as negociações com Teerã e criticou abertamente o acordo em diversas oportunidades. Outro ponto de atrito reside na insistência dos EUA na interrupção dos assentamentos judaicos na Cisjordânia como parte do acordo. Os israelenses não estão dispostos a ceder e mesmo após os pedidos dos EUA, já anunciaram novos assentamentos.

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