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‘EUA estão prontos para atacar a Síria’, diz secretário

Secretário de Defesa diz que aguarda apenas uma palavra do presidente Barack Obama. Grã-Bretanha informou que prepara plano de contingência para ataque

Por Da Redação
27 ago 2013, 09h41

Um dia após o governo dos Estados Unidos afirmar que o uso de armas químicas contra civis na Síria é “inegável”, a Casa Branca e a Grã-Bretanha avaliam opções de ações militares contra o governo do ditador Bashar Assad. Nesta terça-feira, o secretário de Defesa americano Chuck Hagel afirmou à rede britânica BBC que os EUA estão “prontos” para lançar ataques contra o território sírio, se o presidente Barack Obama assim ordenar. Ele também afirmou que sua pasta preparou “opções para todo o tipo de contingência”. “Nós movimentamos forças para satisfazer e cumprir qualquer uma das ações que o presidente decida tomar”, disse Hagel à BBC.

De acordo com reportagem publicada nesta terça pelo jornal americano The Washington Post, os ataques americanos devem ser realizados de forma “cirúrgica”, com o emprego de mísseis ou bombardeiros, e durar apenas dois dias – seria uma forma de evitar que as forças do país sejam arrastadas para a guerra civil que tomou a Síria, mas ainda uma reposta forte o bastante para dissuadir Assad de usar novamente armas químicas. Ainda de acordo com o jornal, o início das ações americanas depende de três fatores: a conclusão de um relatório de inteligência sobre a culpa do governo sírio; consultas ao Congresso americano e aos aliados; e a elaboração de justificativa para ação de acordo com leis internacionais.

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“Estamos analisando os vários aspectos legais que vão levar a uma decisão”, disse um membro do governo citado pelo Washington Post. Ainda de acordo com o jornal, navios de guerra armados com mísseis já estão posicionados para agir no Mediterrâneo. Na segunda-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que houve, sim, uso de armas químicas na Síria. Embora não tenha sido explícito, ele indicou que a administração Obama vá responsabilizar o regime do ditador Assad pela “obscenidade moral” que chocou a consciência do mundo. Kerry também sugeriu que o governo americano está mais perto de agir militarmente em resposta ao ataque, sem deixar claro, no entanto, quando uma ação nesse sentido poderá ocorrer.

Já a Grã-Bretanha informou oficialmente que elabora planos militares contra a Síria, mas sem especificar como se deve dar alguma eventual ação. “No momento não tomamos nenhuma decisão. Continuamos debatendo com nossos aliados internacionais sobre o que deve ser a resposta adequada, mas dentro deste contexto preparamos planos militares”, afirmou um porta-voz do premiê David Cameron, que encurtou suas férias para tratar da questão. A mesma fonte afirmou que a reposta deve ser “proporcional” e seguir as “leis internacionais”. Nesta terça, membros do Parlamento também foram convocados a retornar de suas férias de verão para votar sobre a resposta do país aos ataques químicos na Síria. O primeiro-ministro David Cameron informou por meio de sua conta no Twitter que o parlamento deve se reunir na quinta-feira.

Rússia – Conforme os EUA e Grã-Bretanha sobem o tom contra a Síria, a Rússia, que é aliada do governo Assad, voltou a advertir que é preciso “prudência” para lidar com a questão. “Tentativas de desconsiderar o Conselho de Segurança da ONU mais uma vez, criando desculpas artificiais sem embasamento para uma intervenção militar na região, vão produzir mais sofrimento na Síria e consequências catastróficas para outros países do Oriente Médio e Norte da África”, disse na segunda-feira o porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich.

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