EUA esquecem bin Laden e popularidade de Obama cai
Os americanos se frustram diante do ritmo lento da recuperação econômica

A popularidade do presidente dos EUA Barack Obama, que havia melhorado após a morte de Osama bin Laden, voltou a cair. Segundo uma pesquisa encomendada pelo jornal Washington Post e a rede ABC News e divulgada nesta terça-feira, os americanos desaprovam sua forma de administrar a economia e o crescente déficit do orçamento.
Imediatamente após a morte de bin Laden, no mês passado, o índice de aprovação de Obama subiu para 56%. Porém, em meio à frustração sobre o lento ritmo da recuperação econômica, a aprovação de seu trabalho voltou aos 47%. O estado da economia representa um enorme desafio para o presidente, cuja reeleição em 2012 depende de sua capacidade para convencer os eleitores de que suas políticas econômicas tiveram êxito.
A pesquisa reflete um estado de ânimo majoritariamente pessimista, devido aos altos preços dos combustíveis e dos imóveis e as altas cifras de desemprego, que levam as preocupações sobre o ritmo de recuperação da economia do país, disse o Washington Post.
Para 89% dos americanos, a economia se encontra em mau estado, enquanto 57% dizem que a recuperação ainda não começou e 66% acreditam que os EUA avançam por um caminho equivocado. Para 45%, os republicanos do Congresso são mais confiantes do que Obama para administrar a economia, um aumento de 11 pontos porcentuais desde março.
O levantamento realizado com 1.003 adultos foi feito entre os dias 2 e 5 de junho e tem uma margem de erro de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Campanha – A pesquisa mostra ainda que Obama supera cinco dos seis possíveis candidatos presidenciais, mas está empatado com o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, ambos com 47%. Entre os eleitores registrados, Romney lidera com 49% contra 46% de Obama. O favorito dos republicanos lançou na semana passada sua segunda campanha presidencial, dizendo que as políticas econômicas de Obama são as responsáveis por muitos dos problemas do país.
(Com agência Reuters)