Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

EUA enviam navio-hospital ao Caribe para tratar refugiados venezuelanos

Mike Pence, vice-presidente americano, anuncia fim das sanções a general que abandonou Nicolás Maduro para apoiar o oposicionista Juan Guaidó

Por Da Redação
8 Maio 2019, 13h06

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, confirmou na terça-feira 7 o envio de um navio-hospital da Marinha americana para uma missão de cinco meses pelo Caribe, América Central e América do Sul. Segundo ele, o USNS Comfort irá “proporcionar assistência médica às comunidades que precisam” de auxílio em consequência da crise humanitária na Venezuela.

Esta é a segunda viagem do USNS Comfort à região nos últimos seis meses e a sétima desde 2007, informou um comunicado da Marinha, explicando que a missão servirá para “aliviar a pressão sobre os sistemas médicos dos países que recebem venezuelanos que fugiram da crise no país.”

O USNS Comfort está equipado com mais de mil macas, 12 salas de cirurgia, serviços radiológicos digitais, laboratório, farmácia e um banco de sangue, assim como um heliporto para aeronaves de grande porte. Em sua última missão, ele levou uma tripulação de mais de 200 médicos e técnicos. O vice-presidente antecipou que o navio-hospital deve começar suas atividades no próximo mês de junho no Caribe.

Pelo menos 3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde o agravamento da crise do país, em 2015, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Os migrantes se dirigiram, principalmente, para outros países da América do Sul como Colômbia, Equador, Peru e Brasil. Mas muitos seguiram para a América Central e o Caribe.

O Brasil recebeu pouco mais de 60.000 cidadãos do país vizinho, e o estado de Roraima tornou-se principal porta de entrada de venezuelanos no país, sendo pressionado pelo grande fluxo migratório para cidades fronteiriças com pouca estrutura.

Retirada de sanções

Ainda na terça, Pence anunciou a retirada das sanções contra o general venezuelano Manuel Cristopher Figuera que, segundo a Casa Branca, rompeu com regime do ditador Nicolás Maduro.

Continua após a publicidade

“Hoje anuncio que os Estados Unidos estão retirando todas as sanções ao general Manuel Ricardo Cristopher Figuera com efeito imediato”, disse o republicano durante um discurso na Conferência das Américas, realizada anualmente na sede do Departamento de Estado em Washington.

O vice-presidente disse confiar que o anúncio “incentivará outros militares venezuelanos a seguir o exemplo do general” e prometeu que os Estados Unidos “considerarão um alívio de sanções contra todos aqueles que decidam defender a Constituição e apoiar o Estado de Direito”. Na visão do governo americano, isso significa uma ruptura com o atual regime e o apoio ao autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.

Até terça-feira 30, o general Figuera era o diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). Depois da tentativa de levante contra o regime organizada pela oposição venezuelana, Maduro dispensou Figuera e nomeou o general Gustavo González López como líder da agência.

Maduro não justificou a mudança, mas em Caracas se espalhavam rumores de que Figuera tinha se unido a Guaidó, reconhecido como líder legítimo da Venezuela por mais de 50 países.

Continua após a publicidade

Em comunicado, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos efetivou a retirada das sanções que impôs em fevereiro sobre Figuera, que congelavam seus ativos depositados em bancos americanos, e descreveu a medida como uma “demonstração de boa fé” de Washington.

Pence, por sua vez, ameaçou sancionar todos os juízes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano. Em 2017, a Justiça americana puniu oito magistrados da Corte, inclusive seu presidente, Maikel Moreno, e agora planeja estender as restrições aos demais integrantes da máxima instância judicial.

“Se o Tribunal Supremo da Venezuela não voltar a cumprir a determinação constitucional de respeitar o Estado de Direito, os Estados Unidos farão com que os 25 magistrados que o compõem prestem contas”, alertou o vice-presidente americano.

Pence denunciou também o apoio de Irã e Rússia a Maduro, mas dirigiu suas críticas mais duras a Cuba, ao considerar que “o povo da Venezuela é vítima de duas ditaduras”. “O povo da Venezuela é basicamente refém de Cuba”, ressaltou.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.