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EUA entram pela primeira vez em lista de ‘democracias em retrocesso’

O número das democracias em retrocesso dobrou na última década, e agora correspondem a um quarto da população mundial

Por Da Redação Atualizado em 22 nov 2021, 18h20 - Publicado em 22 nov 2021, 18h20

Os Estados Unidos foram adicionados à lista anual de “democracias retrógradas”, de acordo com o Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral, com sede em Estocolmo. 

O estudo aponta uma “deterioração visível”, que se iniciou no país em 2019. Afirma ainda que globalmente mais de uma em cada quatro pessoas vive em uma democracia retrógrada. 

A pesquisa se baseia em 50 anos de indicadores democráticos em cerca de 160 países, que podem ser classificados em democracias – incluindo as retrógradas–, governos híbridos e regimes autoritários.

“Alguns países, especialmente Hungria, Índia, Filipinas e Estados Unidos, impuseram medidas que equivalem a violações democráticas – isto é, medidas desproporcionais, ilegais, indefinidas ou não relacionadas à natureza da emergência”, diz o documento.

O número das democracias em retrocesso dobrou na última década, e agora correspondem a um quarto da população mundial. Países como Polônia e Eslovênia também estão na lista. Enquanto isso, Mali e Sérvia deixaram a categoria porque não eram mais consideradas democracias.

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O Afeganistão deixou a lista de governos híbridos e foi para os autoritários. O mesmo aconteceu com Mianmar, que era considerada uma democracia. 

“Este ano, codificamos os Estados Unidos como em retrocesso pela primeira vez, mas nossos dados sugerem que o episódio do retrocesso começou pelo menos em 2019”, informa o relatório.

Segundo o documento, entre 2020 e 2021 ocorreu uma virada histórica nos EUA, quando o ex-presidente Donald Trump questionou a legitimidade dos resultados das eleições presidenciais. 

“Os Estados Unidos são uma democracia de alto desempenho e até melhoraram seu desempenho em indicadores de administração imparcial (corrupção e execução previsível) em 2020. No entanto, os declínios nas liberdades civis e verificações no governo indicam que há sérios problemas com os fundamentos da democracia” disse o coautor do relatório, Alexander Hudson.

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Ele também apontou “declínio na qualidade da liberdade de associação e reunião durante o verão dos protestos em 2020” após o assassinato de George Floyd pela polícia.

Pelo quinto ano consecutivo, os países com tendência ao autoritarismo superaram os democráticos. É esperado que essa tendência continue em 2021.

Em 2021, de acordo com a avaliação provisória do grupo, o mundo conta com 98 democracias – o menor número em muitos anos –, 20 governos híbridos e 47 regimes autoritários.

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