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EUA e Rússia discutem hoje solução para crise síria

Secretário americano John Kerry se encontra em Genebra com o chanceler russo, Sergei Lavrov, para discutir plano de entrega de armas químicas sírias

Por Da Redação
12 set 2013, 08h21

Acompanhado por uma equipe de especialistas em armamentos, o secretário de Estado americano, John Kerry, participa, na tarde desta quinta-feira em Genebra, na Suíça, de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para discutir a situação na Síria e o plano russo de submeter ao controle internacional o arsenal de armas químicas sírias. Uma fonte russa em Genebra, citada pela agência Itar-Tass, indicou que as conversas podem durar vários dias. “O encontro deve ter início na quinta-feira e ser concluído na sexta-feira, mas poderá se estender até sábado”, disse a fonte.

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O enviado especial da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU), Lakhdar Brahimi, também deve participar das discussões. A reunião acontece dois dias depois do anúncio de que a Síria concordou com a proposta russa. O plano foi apresentado pelos russos na segunda-feira, logo após um discurso de John Kerry em que o secretário disse que a Síria poderia evitar uma eventual intervenção militar liderada pelos EUA se o regime de Assad entregasse as armas químicas. No dia seguinte, Lavrov disse que seu país e os sírios estavam trabalhando para elaborar um “plano efetivo e concreto” sobre a questão.

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A intenção da Rússia com a proposta é evitar um ataque dos EUA à Síria, sua aliada de longa data no Oriente Médio. Já os americanos, que acusam o regime de Assad de usar gás sarin em um ataque contra a população da Síria no dia 21 de agosto, uma ação que teria deixado mais de 1.400 mortos, disseram estar céticos com relação ao plano russo. Por enquanto, os EUA dizem que vão investir na busca de uma solução diplomática.

Putin – Nesta quinta-feira, em artigo no jornal The New York Times endereçado “ao povo americano e seus líderes políticos”, o presidente russo, Vladimir Putin, adverte que um potencial ataque dos EUA ao regime de Assad “desencadearia uma nova onda de terrorismo” e aumentaria a violência do conflito para além das fronteiras da Síria, contribuindo para desestabilizar toda a região do Oriente Médio e o Norte da África.

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A mensagem de Putin, que toca em um dos temas mais caros aos americanos nas últimas décadas – o constante fantasma do terror -, vem acompanhada de uma defesa velada do regime de Assad, de quem a Rússia é a maior aliada, e de um apelo à via diplomática no lugar da “linguagem da força” para resolver a crise.

Relatório da ONU – O chanceler francês, Laurent Fabius, disse nesta quinta-feira que os inspetores da ONU que investigaram o ataque químico de 21 de agosto na Síria vão provavelmente publicar seu relatório na segunda-feira.

Diplomatas têm dito que o relatório não deve apontar culpa pelo ataque para nenhum dos lados do conflito que opõe o presidente sírio, Bashar Assad, e forças rebeldes, mas o documento deve conter detalhes suficientes para indicar a parte responsável.

Dependendo das palavras utilizadas, o relatório pode tornar-se um argumento-chave nas negociações entre a Rússia e o Ocidente sobre a entrega de armas químicas sírias.

(Com agências Reuters e AFP)

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