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EUA divulgam documentos encontrados no esconderijo de Osama bin Laden

Por Da Redação
3 Maio 2012, 16h31

Washington, 3 mai (EFE).- O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, planejou até sua morte mais ataques terroristas contra os Estados Unidos, mas estava preocupado com as ações de alguns grupos que deterioravam a imagem de sua organização, segundo alguns de seus documentos divulgados hoje.

O Centro contra o Terrorismo da Academia West Point, do exército de EUA, divulgou nesta quinta-feira 17 dos quase 6 mil documentos recolhidos em maio de 2011 pelos soldados das forças especiais que mataram o líder terrorista em seu esconderijo em Abbottabad (Paquistão).

O porta-voz da Direção Nacional de Inteligência, Shawn Turner, disse que os documentos divulgados pela West Point não incluem detalhes de quando os serviços de inteligência aprovaram sua divulgação.

‘A identificação, revisão e análise destes documentos levarão muito tempo e foram recém completadas. A decisão de divulgá-los quando se completa um ano coincide com o renovado interesse público da operação Bin Laden’, acrescentou.

Os documentos, achados em cinco computadores, dezenas de ‘discos rígidos’ e mais de cem arquivos, mostram que Bin Laden planejou até o último momento novos ataques terroristas em grande escala contra os Estados Unidos.

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Bin Laden, que tinha 54 anos de idade quando foi morto por soldados da unidade de elite da Marinha dos EUA, tinha fugido do Afeganistão ao Paquistão em dezembro de 2001, três meses depois dos ataques terroristas da Al Qaeda em Nova York e Washington que deixaram mais de 3.000 mortos e feridos.

Em um documento escrito em 2010, Bin Laden anunciou que divulgaria em uma declaração o ‘começo de uma nova fase para corrigir os erros’ que a Al Qaeda cometeu’.

‘Com isso recuperaremos, se Alá quiser, a confiança de um grande segmento dos que perderam sua fé nos jihadistas’, acrescenta o texto.

Entre os ‘erros’ que Bin Laden admitiu nesse e em outros documentos constam as ações de grupos filiados à Al Qaeda que deterioraram a imagem da organização com massacres de civis e a degola de reféns.

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Em nota que acompanha as 175 páginas escritas em árabe divulgadas hoje, analistas disseram que os documentos pessoais mostram que nos últimos anos Bin Laden esteve pouco ligado às operações cotidianas dos diversos grupos extremistas inspirados pela Al Qaeda.

Bin Laden ‘não estava sintonizado com o nível operacional de suas assim chamadas ‘filiais”, diz a nota. ‘Bin Laden tinha pouco controle sobre os grupos filiados formalmente à Al Qaeda e outros que tinham propósitos comuns’.

Os documentos indicam que Bin Laden continuou interessado nas possibilidades de matar governantes dos Estados Unidos e desejava atacar, em particular, os aviões que transportavam o general David Petraeus (ex-líder militar americano no Afeganistão), e o próprio presidente Barack Obama.

No entanto, Bin Laden não tinha interesse no assassinato do vice-presidente Joseph Biden, já que o considerava ‘completamente inapto’ para assumir a Presidência, e por isso o saudita previa que com Biden na Casa Branca o país entraria em caos.

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A divulgação inclui documentos elaborados por algumas pessoas próximas ao chefe da Al Qaeda, e em alguns deles se expressa frustração pelo fato de a economia dos EUA, que tinha passado por sua recessão mais profunda e longa em quase oito décadas, começava a reaquecer apesar dos danos causados pelos ataques terroristas e as posteriores guerras em Afeganistão e Iraque. EFE

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