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EUA deverão seguir clandestinos no Iraque e Afeganistão

Plano é manter a estrutura da CIA nos dois países por muitos anos, diz jornal

Por Da Redação
8 fev 2012, 11h14

Os Estados Unidos planejam manter uma “substancial presença clandestina” no Iraque e no Afeganistão por muito tempo, mesmo depois da saída de suas tropas convencionais dos dois países, revelaram funcionários do governo em reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal The Washington Post.

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Leia também: EUA deixam ‘papel de combate’ no Afeganistão em 2013

“Espera-se que a Agência Central de Inteligência (CIA) mantenha uma substancial presença clandestina como parte do plano do governo de Barack Obama que se apoia em uma combinação de espiões e forças de Operações Especiais nas duas zonas de guerra”, indicou o jornal, que ouviu fontes do governo que disseram que os escritórios da CIA em Cabul e Bagdá vão continuar sendo os maiores da agência mesmo que ocorra redução de pessoal.

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O almirante da Marinha William McRaven, comandante das Forças Especiais que dirigiu a incursão no Paquistão para matar o chefe da Al Qaeda, Osama bin Laden, disse não ter dúvidas de que “as forças de Operações Especiais serão as últimas a sair do Afeganistão”.

Espionagem – A situação no Iraque já é um indicativo do que deve ocorrer no futuro. Com a retirada das tropas americanas do país em dezembro passado, os Estados Unidos transferiram o trabalho da CIA para uma espionagem mais tradicional, com ênfase no monitoramento de membros do governo iraquiano de diferentes facções, tentativas de sufocar os aliados da Al Qaeda no país e contenção da influência do Irã.

No Afeganistão, porém, a expectativa é de que a agência tenha um papel mais agressivo. De acordo com os funcionários do governo americano, os efetivos paramilitares da CIA no país são vistos como instrumentos para desestabilizar o Talibã, proteger o governo em Cabul e assegurar o acesso a pistas de pouso para aviões robôs atacarem remanescentes da Al Qaeda no Paquistão.

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Pessoal – O Washington Post afirma ainda que as operações da CIA em Cabul e Bagdá seguirão sendo as que mais mobilizam contingente no exterior. As Forças Especiais americanas foram as primeiras a entrar no Afeganistão com a CIA, no início da invasão do país em outubro de 2001. No pico da atividade dos escritórios, a CIA teve mais de 1000 funcionários em Cabul e cerca de 700 em Bagdá – os dois maiores contingentes da história da agência, ultrapassando o posto de Saigon, durante a Guerra do Vietnã.

No Afeganistão, a agência treinou dezenas de soldados para lutar em operações de combate ao terrorismo, financiou e construiu a rede de inteligência afegã. Além disso, ergueu uma série de bases na fronteira com o Paquistão. Após a saída das tropas americanas do território afegão, é provável que algumas dessas bases sejam fechadas. Mas as operações devem ser centralizadas nos complexos de Cabul e na base aérea de Bagram, no norte do país.

Apesar de correr o risco de ceder território ao Talibã na região da fronteira, os EUA devem manter forte presença na capital. “Nós podemos perder pontos no interior, mas não acho vamos perder Cabul e Bagram”, declarou um antigo alto funcionário da CIA, que acredita na possibilidade da agência aumentar sue contigente paramilitar no Afeganistão para compensar a redução das tropas convencionais no país.

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(Com agência EFE)

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