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EUA decidem fechar escritório da OLP em Washington

Organização representa o povo palestino na comunidade internacional; decisão faz parte de campanha americana contra paralisação dos esforços de paz

Por Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h10 - Publicado em 10 set 2018, 09h23

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (10) o fechamento do escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington D.C. A decisão faz parte da campanha de pressão da Casa Branca à Palestina, em meio à paralisação dos esforços de paz no Oriente Médio.

“Após uma revisão cuidadosa, a Administração determinou que a Delegação Geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington deveria fechar”, afirmou Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado americano, em comunicado.

De acordo com ela, a decisão foi tomada pelo fato de a OLP não “avançar no começo das negociações diretas e significativas com Israel”.

“Ao contrário, a liderança da OLP condenou um plano de paz dos Estados Unidos que ainda não viu e rejeitou se envolver com o governo americano nos esforços de paz. Os Estados Unidos continuam acreditando que as negociações diretas entre ambas as partes são o único caminho. Não estamos abandonando os nossos esforços para alcançar uma paz duradoura e integral”, ressaltou.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, deve anunciar ainda nesta segunda a imposição de sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) caso o órgão sediado na cidade holandesa de Haia decida investigar os Estados Unidos ou Israel.

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Em maio, a Palestina pediu ao TPI a abertura das investigações sobre supostos crimes de guerra e de apartheid cometidos pelas autoridades israelenses, com o apoio do governo americano. No dia 14 daquele mês, quando os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém, 62 palestinos foram mortos durante as manifestações na Faixa de Gaza por tiros disparados por soldados israelenses na barreira que separa Israel do enclave palestino. Esse foi o dia mais mortífero no território comandado pelo grupo islâmico Hamas desde o conflito de 2014.

Além disso, a pedido dos palestinos após a guerra na Faixa de Gaza no verão de 2014, o TPI lançou em 2015 uma investigação preliminar sobre acusações de crimes de guerra em Israel e nos territórios palestinos. Porém, a Corte ainda deve decidir se abrirá uma investigação completa sobre alegados crimes de guerra.

No final de agosto, os Estados Unidos anunciaram o corte de todos os recursos que concede à Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). O país, historicamente o principal país doador do órgão, já havia reduzido drasticamente as suas contribuições. De 350 milhões de dólares em 2017, o montante passou para 65 milhões em 2018.

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A OLP do presidente palestino Mahmud Abbas é considerada pela comunidade internacional como o organismo que representa o povo palestino e controla a Autoridade Palestina.

Segundo o secretário-geral da OLP, Saeb Erekat, as autoridades americanas já comunicaram ao órgão a decisão do fechamento do escritório. “Esta perigosa escalada mostra que os Estados Unidos buscam desmantelar o sistema internacional para encobrir os crimes israelenses”, disse.

“É uma nova demonstração da política de castigo coletivo praticada pela administração Trump contra o povo palestino, do qual já cortou a ajuda financeira para serviços humanitários, incluindo nos setores de saúde e educação”, completou Erekat.

(Com Estadão Conteúdo, AFP e EFE)

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