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EUA concedem privilégios especiais ao Afeganistão como seu aliado fora da Otan

Por Brendan Smialowski
7 jul 2012, 08h27

Washington designou o Afeganistão como um “aliado maior não-membro da Otan”, o que concede privilégios especiais a este país, do qual se retirarão quase todas as forças da coalizão liderada pelos Estados Unidos no final de 2014, anunciou neste sábado a secretária de Estado americana Hillary Clinton.

Clinton anunciou essa nova condição, previamente oficializada pelo presidente Barak Obama, durante uma visita surpresa a Cabul.

O anúncio também prevê a cooperação bilateral em termos de segurança e defesa em longo prazo.

Hillary Clinton chegou neste sábado a Cabul para uma visita surpresa, na véspera da conferência de Tóquio entre os países contribuintes do Afeganistão.

“Na medida em que voaríamos quase por cima (do Afeganistão), a secretária de Estado, a caminho de Tóquio, resolveu parar em Cabul, essencialmente para sinalizar antes desta importante conferência”, explicou um funcionário do departamento de Estado aos jornalistas que viajam com Clinton.

A concessão deste status era parte do acordo de associação estratégica entre o Afeganistão e os Estados Unidos assinado por Obama e por seu colega afegão Hamid Karzai no início de maio.

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A condição de “importante aliado não-Otan”, um privilégio já concedido a vários países, incluindo Israel, Japão, Austrália, Egito e Bahrein, permite a esses países ter acesso à cooperação militar reforçada com os Estados Unidos, em particular no desenvolvimento e compra de armas.

Obama e Karzai assinaram o acordo estratégico durante uma visita surpresa do presidente americano a Cabul, na madrugada do dia 2 de maio passado, um ano depois do ataque contra Osama bin Laden no vizinho Paquistão.

O acordo não prevê bases militares americanas permanentes no Afeganistão, mas este país se compromete em dar “acesso e desfrute das mesmas às forças dos Estados Unidos até 2014 e além”, assim como a possibilidade de que as forças americanas permaneçam ali depois dessa data para “treinar as forças afegãs e localizar (elementos) que restem da Al-Qaeda”.

No entanto, esta associação “não compromete os Estados Unidos em relação a um número de soldados ou a um nível de financiamento no futuro.”

Os Estados Unidos têm 87.000 soldados no Afeganistão, o que é o maior contingente da força da Otan (Isaf), que conta com um total de 130.000 soldados. O final da missão desta força deve terminar no final de 2014.

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Uma coletiva sobre a cooperação internacional civil no Afeganistão, depois de 2014, será realizada no domingo em Tóquio.

A comunidade internacional prometerá nesta conferência 16 bilhões de dólares em ajuda ao Afeganistão até 2015, segundo antecipou neste sábado o ministro japonês das Relações Exteriores, Koichiro Gemba.

“Esta promessa corresponde ao total que o Banco Mundial e o governo afegão consideram necessário para o desenvolvimento do país”, explicou o chanceler.

O principal desafio da conferência, co-presidida pelo Japão e Afeganistão, será fixar o total das ajudas civis para o período posterior à retirada dos soldados da Otan do Afeganistão.

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