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EUA: chefes da inteligência negam grampos a cidadãos europeus

General chefe da NSA e diretor de Inteligência Nacional disseram que outros países, incluindo os aliados europeus, também espionam os Estados Unidos

Por Da Redação
29 out 2013, 22h40

O chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, general Keith B. Alexander, e o diretor de Inteligência Nacional, James R. Clapper Jr., negaram nesta terça-feira que o governo americano espiona milhões de ligações telefônicas de cidadãos europeus. Em uma audiência no Congresso, as autoridades afirmaram que o país não espiona civis de “forma deliberada”. “Não coletamos informações de cidadãos europeus. Isso representa informações que nós e os nosso aliados da Otan coletam para defender os territórios de nosso países e proporcionar suporte para operações militares”, afirmou Alexander, de acordo com o jornal The New York Times.

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Alexander reforçou que as últimas denúncias feitas com base nos documentos vazados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden são “completamente falsas”. Reportagens de diferentes jornais europeus mostraram que a rede de espionagem dos Estados Unidos coleta milhões de dados de conversas telefônicas de cidadãos da França, Espanha, Alemanha e Itália. “Os relatos que levaram pessoas a acreditar que a NSA ou os Estados Unidos coletam informações são falsos. Não é verdade que essas informações foram coletadas de cidadãos europeus”, destacou. Segundo Alexander, a maior parte dos grampos em telefones é feita fora do continente europeu.

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Clapper, por sua vez, não negou que os Estados Unidos espionem as comunicações de líderes estrangeiros. A postura do diretor fez com que surgisse um debate entre os deputados republicanos e democratas sobre quem havia sido informado sobre a prática. Em defesa da rede de espionagem, as autoridades americanas afirmaram que a perda de alcance do programa poderia causar “mais um catastrófico ataque parecido com o de 11 de Setembro”.

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Tanto Alexander como Clapper disseram que a espionagem contra líderes mundiais é um dos pilares mantidos há décadas nos serviços de inteligência americanos. Eles afirmaram que a prática é fundamental para o governo saber quais “intenções” que outros países, incluindo os aliados, apresentam em relação aos Estados Unidos. Clapper, inclusive, reforçou a tese de que todos os países praticam a espionagem. “Esta foi uma das primeiras coisas que eu aprendi na escola de inteligência, em 1963. É um princípio fundamental”, defendeu.

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Arquivos vazados por Snowden indicam que os Estados Unidos espionaram ao menos 35 líderes mundiais durante o segundo mandato do presidente George W. Bush. A administração do presidente Barack Obama também deu prosseguimento à espionagem e grampeou as comunicações de políticos como a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente mexicano Felipe Calderón e a chanceler alemã Angela Merkel. As duras críticas feitas pela União Europeia ao presidente americano também levantaram a discussão sobre a participação de Obama no programa da NSA. Segundo o jornal The Wall Street Journal, o mandatário passou quase cinco anos sem saber que os próprios espiões estavam obtendo dados dos telefones de líderes mundiais.

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Por fim, as autoridades concordaram que é preciso tornar públicos alguns dos princípios da corte judicial que fiscaliza a aplicação Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa), de 1978. A legislação garante o respaldo necessário para a NSA operar o programa de espionagem. Alexander, no entanto, voltou a dizer que muitas das informações vazadas por Snowden foram mal interpretadas. Para Clapper, a divulgação dos documentos relacionados à Fisa ajudará a acalmar a opinião pública nos próximos dias. “Esses arquivos levarão nossos cidadãos a encarar a seriedade, dificuldade e o rigor com que a Corte da Fisa exerce as suas responsabilidades”, apontou o diretor, antes de acrescentar que a NSA só contrata “pessoas honoráveis” para trabalhar com a espionagem.

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