EUA anunciam mais 14 milhões de vacinas para Brasil e América Latina
Ao Brasil, doação será feita novamente através da iniciativa Covax, vinculada à OMS
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira, 21, o envio de mais 14 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para uma série de países da América Latina e do Caribe, entre eles o Brasil. Ao Brasil, a doação será feita, como anteriormente, através da iniciativa Covax, vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), para distribuição de imunizantes a países em desenvolvimento.
As doses anunciadas se somam aos 6 milhões de vacinas que a Casa branca já havia anunciado para a região no início deste mês e são parte das 80 milhões de vacinas que o presidente americano, Joe Biden, anunciou que enviaria a outros países.
Em meio à pressão internacional para ajudar a diminuir a escassez global de vacinas, assim como a disparidade de vacinação entre países ricos e pobres, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, reconheceu que o cronograma previsto pode não ser cumprido.
“Temos muitas doses para compartilhar com o mundo, mas este é um desafio logístico hercúleo”, destacou Psaki, em sua entrevista coletiva diária.
Das 80 milhões prometidas por Biden, 25 milhões começaram a ser entregues no início deste mês, restando outros 55 milhões a serem alocadas, que serão distribuídas “o mais rápido possível”, segundo frisou Psaki, sem oferecer um cronograma específico.
Cerca de 41 milhões das doses pendentes serão distribuídas por meio da Covax e, dessas, cerca de 14 milhões irão para a América Latina e o Caribe.
Especificamente, as vacinas chegarão a Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Uruguai, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Costa Rica, República Dominicana, Haiti e outros países da Comunidade do Caribe (Caricom).
A iniciativa Covax também será responsável por canalizar outras 10 milhões de doses doadas pelos EUA para países africanos selecionados com a ajuda da União Africana; enquanto outras 16 milhões chegarão a várias nações da Ásia, incluindo Índia, Paquistão, Afeganistão, Tailândia, Indonésia, Malásia, Vietnã, Filipinas e Camboja.
As vacinas compartilhadas fazem parte das aprovadas para uso interno nos Estados Unidos — da Moderna, Pfizer e Johnson & Johnson — e se somam às outras 60 milhões de doses que Washington já doou em maio da AstraZeneca, que ainda não recebeu o sinal verde das agências reguladoras americanas.
Além dessas duas grandes doações, Biden revelou na semana passada na cúpula do G7 que os EUA compraram 500 milhões de vacinas adicionais da Pfizer, que serão entregues a quase 100 países nos próximos dois anos.