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EUA ainda lutam para julgar mentores do 11 de setembro de 2001

Julgamento está previsto para começar somente em 2022

Por Ernesto Neves Atualizado em 10 set 2021, 15h44 - Publicado em 10 set 2021, 15h09

Apontado como mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, o terrorista islâmico Khalid Sheikh Mohammed participou de uma audiência no tribunal militar de Guantánamo nesta semana. Sua reaparição, confirmam autoridades americanas, demonstra a retomada do julgamento após a longa paralisação imposta pela covid.

Duas décadas após os atos terroristas, os Estados Unidos ainda lutam para dar início a um dos julgamentos mais aguardados de sua História. A demora, afirmam especialistas, é explicada por uma série de razões legais e até geográficas.

Um dos problemas consiste na localização de Guantánamo. Enclave americano na ilha de Cuba, a prisão foi utilizada pelo então presidente George Bush para deter homens ligados à rede terrorista Al Qaeda.

O problema, segundo a defesa, é que sua localização representa um pesadelo logístico, nas palavras da defesa. Ela está longe do território americano e tem difícil acesso.

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Além disso, a defesa reclama do excesso de informações secretas. Foram necessários anos de espera para que os advogados de defesa conseguissem obter as evidências confidenciais contra seus clientes, e mesmo assim os defensores afirmam que ainda não têm tudo de que precisam.

Os advogados de defesa dizem que há um motivo principal para tanto aqui estar envolto em segredo: o governo ainda tenta esconder os detalhes do que aconteceu com os detidos que foram mantidos e torturados pela CIA em prisões secretas antes de serem transferidos para Guantánamo.

Além disso, o sistema de comissões militares montado para este julgamento foi criado do zero durante o governo de Barack Obama. Logo, sua montagem tornou-se um ponto de litígio permanente, com rotatividade de juízes e advogados.

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Quando tudo parecia mais ou menos encaminhado,  a designação de um novo juiz atrasou ainda mais o caso, até então, acreditava-se que seria iniciado em 2022.

Outro entrave é a estratégia da defesa,  que questiona os fundamentos legais da comissão encarregada do julgamento.

Khalid Sheikh Mohammed, em foto divulgada em 2003 pelo Pentágono
Khalid Sheikh Mohammed, em foto divulgada em 2003 pelo Pentágono (Pentágono/Divulgação)
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