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EUA: Agência sanitária vê próximos meses como ‘pior momento da história’

'Acho que, infelizmente, antes de fevereiro, poderemos estar perto de 450.000' mortes por Covid-19, disse diretor do órgão federal de combate a epidemias

Por Da Redação
Atualizado em 2 dez 2020, 20h16 - Publicado em 2 dez 2020, 20h00

O diretor do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Robert Redfield, alertou nesta quarta-feira, 2, para a possibilidade dos próximos meses serem o “pior momento da história da saúde pública” americana, com a previsão de que o país possam beirar a marca dos 450.000 mortos por Covid-19 até fevereiro.

“A realidade é que dezembro, janeiro e fevereiro serão tempos difíceis’, disse Redfield em um discurso para a Fundação da Câmara de Comércio. A preocupação se deve ao fato desse trimestre ser inverno nos Estados Unidos, como o país está no hemisfério norte.

“Na verdade, acredito que [esses meses] serão o momento mais difícil da história da saúde pública desta nação”, acrescentou o diretor do CDC, que é a principal agência do governo federal americano para o combate a epidemias.

Redfield também afirmou sua preocupação com a taxa de mortalidade, que nesta última semana nos Estados Unidos se encontra na casa das 1.500 mortes por dia, segundo o jornal The New York Times. Ao todo, o país soma quase 14 milhões de casos, incluindo 272.639 mortes.

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“As preocupações com a mortalidade são reais e acho que, infelizmente, antes de fevereiro, poderíamos estar perto de 450.000 americanos [mortos pelo vírus]”, disse.

Importância da máscara

Os americanos podem reduzir essa estimativa, destacou Redfield, se forem mais cautelosos, e em especial, usarem máscara. Ele mencionou um estudo do final de novembro do CDC referente ao estado americano do Kansas.

Segundo esse relatório, condados do Kansas sem obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos viram a média de casos diários crescer em 100% desde julho. No mesmo período, os condados que implementaram o uso obrigatório de máscara viram seus índices caírem em 6%.

“O tempo de debater se as máscaras funcionam ou não acabou. Claramente temos evidências científicas”, concluiu Redfield.

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Grande parte da preocupação das autoridades envolve áreas rurais do país, que tornaram-se mais vulneráveis porque suas populações acreditaram estarem isoladas da pandemia, supostamente concentrada em grandes centros urbanos, de acordo com o jornal britânico The Financial Times. Além disso, muitos prefeitos e governadores do interior do país foram contra restrições para conter a propagação do vírus.

Segundo o Financial Times, médicos dizem que o atual padrão de infecções da Covid-19 no Meio-Oeste dos Estados Unidos tem basicamente a mesma aparência do de grandes cidades no início do ano. Contudo, pode vir a ser até pior, já que desde antes da pandemia as áreas rurais sofrem falta crônica de médicos, enfermeiros e equipamentos de hospitais.

Como muitos profissionais da saúde se deslocaram para Nova York no início do ano, quando a cidade era o epicentro da pandemia, a falta de pessoal se intensificou. Em um relatório recente, Eric Toner, pesquisador do Centro para Segurança da Saúde da Johns Hopkins, disse que os recursos humanos são “o maior desafio” com a progressão da pandemia.

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