EUA admitem erros em ataque que matou 24 paquistaneses
Segundo inquérito militar, americanos avaliaram erroneamente o alvo do ataque
Os Estados Unidos admitiram nesta quinta-feira sua “responsabilidade significativa” bombardeio que matou 24 soldados paquistaneses em 26 de novembro na fronteira com o Afeganistão. Segundo um inquérito militar, os americanos avaliaram erroneamente o alvo do ataque.
Segundo o diário Wall Street Journal, o documento corrobora alguns elementos importantes na versão paquistanesa do incidente, e contradiz relatos anteriores das forças norte-americanas, segundo as quais os paquistaneses teriam autorizado o bombardeio, confundindo seus próprios soldados com militantes.
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Em um comunicado, o Pentágono diz que houve uma “coordenação inadequada” por parte de oficiais militares dos EUA e Paquistão e que “lamenta profundamente” as mortes resultantes. “Nossa confiança em um mapeamento incorreto contribuiu para esse trágico resultado”, diz a nota.
As relações entre EUA e Paquistão, aliados desde 2001 na guerra contra o Talibã, vem piorando nos últimos meses por causa de bombardeios norte-americanos em solo paquistanês, culminando com a ação militar dos EUA, em maio, que matou o militante Osama bin Laden numa cidade do Paquistão. Além disso, autoridades dos EUA acusam os serviços paquistaneses de inteligência de colaborarem com militantes islâmicos.