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EUA acusam iraniano de plano para matar ex-conselheiro de Trump

Shahram Poursafi é membro da Guarda Revolucionária do Irã, grupo central nas negociações para retomada do acordo nuclear de 2015 que envolve os dois países

Por Da Redação 10 ago 2022, 18h35

Os Estados Unidos acusaram um membro da Guarda Revolucionária do Irã nesta quarta-feira, 10, de conspirar para assassinar John Bolton, conselheiro de segurança nacional durante o governo de Donald Trump

O Departamento de Justiça americano alegou que Shahram Poursafi, também conhecido como Mehdi Rezayi, provavelmente foi motivado a matar o Bolton em retaliação pela morte de Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária morto em um ataque com drone feito pelo governo dos Estados Unidos em 2020. 

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Poursafi, que entrou na lista dos mais procurados do Departamento Federal de Investigação (FBI) nesta quarta, continua foragido, uma vez que ambos os países não têm um acordo de extradição entre si. 

De acordo com a denúncia, o militar pediu a um residente americano que tirasse fotos do ex-conselheiro sob o pretexto de que eram fotos necessárias para um eventual livro. Em sequência, o americano apresentou Poursafi a um informante secreto do governo que poderia tirar as fotos por um determinado preço. 

Os investigadores disseram que conversas entre os dois aconteceram por meio de um aplicativo de mensagens criptografadas e que foi oferecido 250.000 dólares para contratar alguém capaz de “eliminar” Bolton. De acordo com uma testemunha do caso, o informante pediu para que Poursafi fosse mais específico em seu pedido, quando ele disse que gostaria de uma “expurgação”, fornecendo o nome e o sobrenome do ex-conselheiro.

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Por fim, o iraniano sugeriu que uma conta de criptomoeda fosse aberta para facilitar o pagamento e disse que não se importava em como seria o assassinato, exigindo apenas um vídeo como prova.

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“Embora muito não possa ser dito publicamente agora, um ponto é indiscutível. Os governantes do Irã são mentirosos, terroristas e inimigos dos Estados Unidos”, disse Bolton em publicação no Twitter.

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, se limitou a dizer que as acusações são “infundadas” e “adverte fortemente contra qualquer ação contra cidadãos iranianos sob o pretexto dessas acusações ridículas”, sem entrar em detalhes sobre os rumos das negociações. 

A Casa Branca não acredita que as acusações devam afetar diretamente as negociações com Teerã sobre a retomada do acordo nuclear de 2015, sob o qual o Irã restringiu seu programa em troca do alívio das sanções. 

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Na última segunda-feira, 8, a União Europeia anunciou que apresentou um relatório final para reviver o pacto nuclear após quatro dias de negociações indiretas entre autoridades iranianas e dos Estados Unidos em Viena, na Áustria. 

Enquanto o governo americano disse que estava pronto para chegar rapidamente a um acordo, autoridades iranianas disseram que transmitiriam suas “visões e considerações adicionais” à União Europeia, que coordena as negociações, após consultas em Teerã. Segundo o site iraniano Nournews, filiado ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do país, os europeus não têm autoridade suficiente para “apresentar suas propostas como um texto final”.

Para os países ocidentais, o Irã fez exigências consideradas fora do escopo de reviver o acordo, como insistir que a Agência Internacional de Energia Atômica retire suas alegações de que o país não conseguiu explicar completamente os vestígios de urânio encontrados em vários locais não declarados.

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Uma nova solução estava prestes a ser encontrada em março deste ano, mas houve discordância entre a Casa Branca e o governo iraniano principalmente na questão que envolve justamente o Corpo de Guardas Revolucionários, que o Irã pede para que seja retirado da lista de organizações terroristas estrangeiras dos Estados Unidos. 

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