Estudantes homenageiam adolescente morto em protestos
Manifestantes também prometeram abrir diálogo com o governo na terça-feira

Enquanto se preparam para dialogar com o governo pela primeira vez em três meses de protestos, os estudantes chilenos irão prestar uma homenagem ao adolescente morto na madrugada de sexta-feira, após mais uma noite violenta pelas ruas do país.
Entenda o caso
- • Em maio, estudantes chilenos tomaram as ruas do país para protestar contra a má qualidade do ensino – e as manifestações seguem ocorrendo quase que diariamente.
- • Entre as reivindicações, das quais recebem apoio da maioria da população, exigem principalmente educação gratuita.
- • Em resposta, o presidente, Sebastián Piñera, lançou um plano de reforma para o setor, que amplia bolsas de estudos e créditos a taxas baixas a alunos pobres, mas a proposta não foi bem recebida.
- • No dia 26 de agosto, os confrontos entre polícia e manifestantes causaram a primeira morte: um adolescente de 16 anos, que foi baleado durante a greve geral (quando centrais sindicais se uniram aos jovens).
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A primeira vítima fatal dos confrontos entre manifestantes e a polícia foi Manuel Gutiérrez, de 14 anos, baleado durante a paralisação geral de 48 horas executada na semana passada. Segundo os estudantes, os tiros que mataram o adolescente partiu de uma arma dos agentes de segurança. Esta segunda-feira é dedicada a ele.
Na terça, um grupo representando os estudantes vai se reunir com o governo para tentar resolver o impasse. Os manifestantes reivindicam garantias sobre os pontos considerados essenciais para a reforma da educação no país e mais investimentos para o setor, considerado de má qualidade.
“Esperamos que o encontro nos dê a garantia de avanços, porque é isso que queremos”, disse o presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica (Feuc), Giorgio Jackson.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, pediu aos estudantes “boa vontade” para “não agravar o problema”.